Revista Concreto & Construções - edição 91 - page 106

106 | CONCRETO & Construções | Ed. 91 | Jul – Set • 2018
1,125mm quando as dimensões do cor-
po de prova forem de 15cm x 30cm.
As curvas força x deslocamento es-
colhidas para o cálculo dos índices de
tenacidade das séries, cujo concreto
tinha 0,25% de taxa volumétrica de fi-
bras de aço, são mostradas nas figuras
3 e 4, como exemplo.
Foi possível perceber que, com o au-
mento da adição de fibras, a parte des-
cendente da curva tensão-deformação
vai se aproximando do comportamento
elastoplástico perfeito, conforme figura
4, mudando a característica do concreto
de alta resistência de um material frágil
para um material dúctil. Mais resultados
podem ser vistos em Guimarães (1999).
Pode-se perceber, com os resul-
tados da tabela 4, ao comparar os ín-
dices de tenacidade do concreto com
fibras metálicas com o concreto com
fibras de polipropileno contendo a mes-
ma taxa volumétrica de 0,50%, que o
concreto contendo fibras metálicas,
possuindo um valor maior do índice e
apresentado curvas com a parte des-
cendente menos inclinada, é capaz de
absorver mais energia na etapa pós-pi-
co, devido a maior rigidez da fibra.
5. ENSAIOS DOS MODELOS
DE PILARES – 1ª ETAPA
Para se calcularem as forças últimas
teóricas, utilizou-se a fórmula 5.
5
Onde:
A
cn
= área da seção transversal do nú-
cleo do pilar;
A
s
= área de armadura longitudinal;
f
c
= resistência média do concreto ava-
liada no dia do ensaio do modelo, mul-
tiplicado por um coeficiente, adotado
igual a 0,9, para se levar em conta as
relações entre as resistências obtidas
nos corpos de prova e a real que atua
no concreto da estrutura;
f
y
= resistência média de escoamento
do aço.
Na tabela 5 constam os resultados
dos ensaios de pilares de todas as sé-
ries, que foram ensaiados com 15 dias
de idade.
6. ANÁLISE DOS RESULTADOS
A tabela 6 mostra os resultados ob-
tidos experimentalmente, os resultados
obtidos através de uma análise teórica,
e a relação existente entre eles, onde
F
u,exp
é a força última experimental,
F
un,teo
é a força calculada considerando
a seção transversal do núcleo e F
u,teo
é
a força calculada considerando a seção
transversal total dos pilares.
O fato da relação F
u,exp
/ F
un,teo
ser
bem mais próxima de 1,00 do que a re-
lação F
u,exp
/ F
u,teo
, indica que a seção re-
sistente do pilar é formada pelo núcleo
da seção transversal, nesta pesquisa.
Para o cálculo da força resistente foi
usada a equação 4, considerando ape-
nas a seção transversal do núcleo dos
pilares. Para o cálculo da força resis-
tente considerando a seção transversal
total, usou-se a expressão 6.
6
Onde:
A
c
= área da seção transversal total
do pilar.
Collins, Mitchell & MacGregor (1993)
propõe um coeficiente K
3
, multiplicando
a parcela resistente do concreto, para
se levar em conta a seção transversal
total do pilar, sendo a fórmula descrita
da seguinte maneira:
7
onde:
8
para f
c
’ em MPa.
Na tabela 7 apresenta-se a análise
entre os valores obtidos para a força
resistente teórica, utilizando o coefi-
ciente K
3
proposto por Collins, Mitchell
& MacGregor(1993), com os resultados
experimentais.
A formulação indicada por Collins,
Mitchell & MacGregor(1993) é basea-
da na determinação da resistência à
compressão do concreto através de
ensaios de corpos de prova cilíndricos
de 15cm x 30cm. Como nos ensaios
realizados para determinação da resis-
tência média à compressão f
cm
usaram-
-se corpos de prova de 10cm x 20cm,
faz-se um ajuste em f
cm
multiplicando-o
u
Figura 4
Curvas Força x Deslocamentos P3a05, P3a10 e P3a15
1...,96,97,98,99,100,101,102,103,104,105 107,108,109,110,111,112,113,114,115,...116
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