110 | CONCRETO & Construções | Ed. 91 | Jul – Set • 2018
pesquisadores (Collins, Mitchell &
MacGregor (1993), Paultre et al. (1996)
e Lima (1997)), apenas o núcleo dos
pilares, delimitado pelos estribos, for-
mou a seção resistente aos esforços
normais de compressão. Nos pilares
feitos com concreto de alta resistência
com fibras metálicas a conclusão não
foi diferente, ou seja, apenas o núcleo
da seção transversal contribuiu para
absorver a força atuante.
Dos resultados obtidos nos en-
saios dos pilares da segunda etapa,
pôde-se concluir que o aumento do
cobrimento das armaduras nos pila-
res faz com que a seção resistente
não fique limitada apenas ao núcleo
delimitado pelos estribos, como foi
observado nos resultados da primei-
ra etapa desta pesquisa, Cusson &
Paultre (1994) e Langlois (1996). Hou-
ve uma contribuição significativa do
cobrimento na resistência do pilar à
carga última.
Portanto, indica-se o uso de cobri-
mentos de armadura mais espessos
na construção de pilares de concreto
de alta resistência.
Diante dos resultados da pesqui-
sa realizada em duas etapas, indica-
-se o uso de no máximo h/2 (onde h
é a menor dimensão da seção trans-
versal do pilar) para o espaçamento
entre estribos, onde h é a altura da
seção transversal do pilar, visto que
para os pilares com espaçamento
entre estribos a cada 15cm (indica-
do pela ABNT NBR6118:2014) houve
ductilidade na ruptura apenas para
a taxa de fibras de 1%, assim mes-
mo com a flambagem da armadura
longitudinal.
u
Tabela 9 – Análise proposta por Collins, Mitchell & MacGregor(1993) – 2ª etapa
Pilar
Taxa de fibras
f
cm
(MPa)
0,95 f
cm
(MPa)
Estribos
A
cn
(cm
2
)
F
u,exp
(kN)
F
u,teo
(kN)
F
u,exp
/ F
u,teo
P40a05
0,51%
65,90
62,61
6,3c/05
400
2.384
2.395
1,00
P40a10
0,51%
65,90
62,61
6,3c/10
400
2.022
2.395
0,85
P40a15
0,51%
65,90
62,61
6,3c/15
400
2.244
2.395
0,94
P60a05
0,76%
70,63
67,10
6,3c/05
400
2.429
2.500
0,97
P60a10
0,76%
70,63
67,10
6,3c/10
400
2.121
2.500
0,85
P60a15
0,76%
70,63
67,10
6,3c/15
400
2.007
2.500
0,81
P80a05
1,02%
75,91
72,11
6,3c/05
400
1.830
2.617
0,70
P80a10
1,02%
75,91
72,11
6,3c/10
400
2.184
2.617
0,84
P80a15
1,02%
75,91
72,11
6,3c/15
400
1.973
2.617
0,76
[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro.2014.
[2] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8522 – Concreto – Determinação do módulo estático de elasticidade à compressão.
Rio de Janeiro. 2008.
[3] COLLINS, M.P.; MITCHELL, D.; MacGREGOR, J.G.(1993). Structural design considerations for high-strength concrete. Concrete International, v.15, n.1, p.27-34.
[4] CUSSON, D.; PAULTRE, P.(1994). High-strength concrete columns confined by rectangular ties. Journal of Structural Engineering, ASCE, v.120 n.3, p.783-804,
Mar.
[5] JO, Byung-Wan; SHON,Young-Hyun; KIM,Young-Jin.The evalution of elastic modulus for steel fiber reinforced concrete. Russian Journal of Nondestructive Testing,
Vol. 37, No. 2, 2001, pp. 152—161.
[6] LANGLOIS, Y.; PAULTRE, P.(1996). Rôle de l’enrobage de béton et effet des fibres métalliques sur le comportement des poteaux en BHP. Sherbrooke, Canadá,
Université de Sherbrooke. (Rapport de recherche, SMS-96/02).
[7] LEVESQUE, Y.(1998). Étude de la ductilité des poteaux en béton armé a haute performance
[8] LIMA, F.B.(1997). Pilares de concreto de alto desempenho: fundamentos e experimentação. São Carlos. Tese (Doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo.
[9] PAULTRE, P. et al.(1996). Structural performance of some special concretes. In: INTERNATIONAL SIMPOSIUM ON THE UTILIZATION OF HIGH STRENGTH/ HIGH
PERFORMANCE CONCRETE, 4., Paris, France, 29-31 May. Proceedings. v.3. p.787-796.
[10] THE JAPAN SOCIETY OF CIVIL ENGINEERS. JSCE-SF5 Method of tests for compressive strenght and compressive toughness of steel fiber reinforced concrete n.3
part III-2 Method of Tests for Steel Fiber Reinforced Concrete. June, 1984.
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