Revista Concreto & Construções - edição 89 - page 25

CONCRETO & Construções | Ed. 89 | Jan – Mar • 2018 | 25
proteção são obrigatórias e já foram
levadas em conta para abolir a neces-
sidade de compartimentação vertical,
aspecto crucial para limitar a extensão
da porção da estrutura que pode ser
atacada pelo incêndio. No caso de
edifícios de escritórios, tomado como
exemplo, a aceitação de tempo equi-
valente ao TRRF de 15 min para edifi-
cações com altura até 6 m e de 30 min
para edificações com altura até 23 m,
supera o que seria razoável.
3. QUESTÕES RELATIVAS AO
DIMENSIONAMENTO DA
RESISTÊNCIA AO FOGO DE
ESTRUTURAS DE CONCRETO
Da mesma forma que a Instrução
Técnica nº 08, a norma ABNT NBR
14432 – Exigências de resistência ao
fogo de elementos construtivos de edi-
ficações – Procedimento estabelece
os tempos de resistência ao fogo em fun-
ção da ocupação e altura das edificações
e propõe os métodos de dimensiona-
mento para atendimento das exigências.
nos pavimentos acima daquele onde o
incêndio se desenvolve. Caso o edifício
não seja dotado da devida compartimen-
tação vertical em seu interior, o Corpo
de Bombeiros terá pouquíssimo tem-
po e grande dificuldade para executar
esta ação.
Pode-se con-
siderar, tendo em
conta os valo-
res propostos de
TRRF, e as cargas
de incêndio típi-
cas para edifícios
de escritório (700
MJ/m², segundo
a Instrução Téc-
nica nº 14), entre
outros fatores, que
60 min seja o valor
básico necessário
para a estrutura
suportar a ação
do incêndio. O va-
lor de 30 min seria
um abrandamento
para edifícios de menor porte e os valores
de 90 min, 120 min, 150 min e 180 min
corresponderiam a agravamentos conside-
rando, além do que se colocou até aqui, o
risco de porções da estrutura associadas
a pavimentos subsequentes estarem sub-
metidos concomitantemente a incêndios
de severidades condizentes ao
TRRF de 60 min.
Apesar disto, a Instru-
ção Técnica nº 08 concede
benefícios de abrandamen-
to das exigências relativas
ao TRRF. Trata-se do caso
do Anexo D que permite a
redução do TRRF em 30
minutos por meio de um
cálculo de tempo equivalen-
te, que leva em conta (entre
outros fatores) a existência
de sistema de chuveiros
automáticos de supressão
e controle do incêndio, bri-
gada de incêndio e sistema
de detecção automática.
Em muitas situações consi-
deradas, essas medidas de
Foto 8 – Detalhe da ruína na parte posterior do edifício
Sede II da CESP
Foto 9 – Danos sofridos por pilar
de concreto localizado no pódio do
edifício Grande Avenida
Foto 10 – Lascamento explosivo da estrutura de
concreto do edifício Grande Avenida
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