32 | CONCRETO & Construções | Ed. 89 | Jan – Mar • 2018
pelo sistema
tilt-up
, unidas verticalmen-
te na região central com argamassa de
cimento e areia, e vedadas com ade-
sivo selante à base de poliuretano. A
parede assim formada foi submeti-
da a uma tensão de 1 MPa, corres-
pondendo a um carregamento de 10
tf/m, compatível com prédios de 4 a
5 pavimentos.
A partir dos resultados apresenta-
dos pelo corpo de prova no ensaio para
“Determinação da resistência ao fogo de
componentes construtivos estruturais”,
a amostra foi classificada como resis-
tente ao fogo por 125 minutos. Durante
esse tempo, o corpo de prova manteve
as qualidades de resistência mecânica e
de estanqueidade a chamas, atingindo
a temperatura limite de 140ºC + T
0
, na
média dos 9 pontos da face não expos-
ta, decorridos 125 minutos do início do
ensaio, não apresentando qualquer tipo
de ocorrência quando da reaplicação
do carregamento, 24 h após o término
do aquecimento.
O tempo de 125 minutos deverá
ser utilizado pelo projetista, verificando
as exigências da ABNT NBR 14432 –
Exigências de resistência ao fogo de
elementos construtivos de edificações –
Procedimento e da legislação local quan-
to ao tempo requerido para a estrutura e
para as paredes como fachadas, poço
de elevador, escadas de emergência e
outras (que depende do tipo de ocupa-
ção e da altura da edificação).
4.1.2 E
nsaio
V
ale
do
R
io
dos
S
inos
A Universidade do Vale do Rio dos
Sinos ensaiou duas paredes de 3,15 m
x 3,00 m em forno vertical, sendo uma
com espessura de 10 cm e outra com
espessura de 14 cm, ambas com con-
creto de resistência fck = 25 MPa. A
previsão do ensaio era verificar as con-
dições de desempenho ao fogo até
120 min. A avaliação das temperaturas
na face não exposta foi realizada com
7 termopares e a avaliação da estabi-
lidade, com o impacto de 3 esferas de
aço em 3 pontos da parede. A curva de
aquecimento utilizada foi a estabeleci-
da pela ABNT NBR 10636-- Paredes
divisórias sem função estrutural – De-
terminação da resistência ao fogo.
Na amostra de 10 cm, a tempera-
tura máxima atingida foi de 117,2 ºC,
Foto 5 – Detalhe dos termopares para ensaio de incêndio e execução do ensaio de percurssão na parede
menor que o limite estabelecido de
140ºC. Não houve inflamação do algo-
dão colocado nas fissuras.
Veja na Tabela 1 e no Gráfico 2 a
evolução dos fatos ocorridos e das
temperaturas praticadas no ensaio.
4.2 Parede de 14 cm
Na amostra de 14 cm do ensaio
na Universidade do Vale do Rio dos
u
Tabela 1 – Evolução dos fatos
ocorridos durante o ensaio
Parede 1 (10 cm)
Tempo
Descrição
0:00
Início do ensaio
14 min.
Amostra começa a liberar água
da composição
17 min.
Inicia-se um acréscimo de
calor no ponto onde aconteceu
a liberação de água
20 min.
Formação da primeira fissura
35 min.
Acréscimo de calor
generalizado na amostra
46 min.
Amostra continua a liberar
água da composição
66 min.
Pontos generalizados de
irradiação de calor
81 min.
Não há mais liberação de água
117 min.
Realização de ensaio de
choque mecânico para 120 min.
120 min.
Término do ensaio