Revista Concreto & Construções - edição 89 - page 37

CONCRETO & Construções | Ed. 89 | Jan – Mar • 2018 | 37
Por se tratar de estruturas de con-
creto, o projeto dos painéis
Tilt-Up
de-
veria seguir o estabelecido na norma
ABNT NBR 15200:2012 [3]. Contudo,
essa norma apresenta métodos tabula-
res de verificação à situação de incên-
dio apenas para vigas e pilares, apesar
de o
Eurocode
2 [7] apresentar um
método tabular específico que avalia o
tempo de resistência ao fogo de pare-
des de concreto baseado na espessura
da parede.
Dessa forma, para a verificação do
painel Tilt-Up em situação de incên-
dio, adotou-se neste artigo o método
das isotermas de 500
o
C descrito pelo
Eurocode
2 [7]. Para que este méto-
do seja aplicado, a seção transversal
do elemento em situação de incêndio
deve possuir a espessura mínima indi-
cada na Tabela 1. Nessa Tabela tam-
bém é mostrada a espessura mínima
para painéis maciços em função do
TRRF especificado pela norma ABNT
NBR 9062:2017 [2], para concretos
com agregados silicosos. Nota-se
que as espessuras mínimas da NBR
9062:2017 são menores que os valores
especificados pelo
Eurocode
2.
O método das isotermas de 500
o
C
consiste na redução da seção trans-
versal do concreto, na qual a região da
seção com temperaturas superiores a
500
o
C é desprezada, numa tentativa
de simular a perda de resistência do
concreto quando submetido a elevadas
temperaturas. Para a seção residual de
concreto, interna à isoterma de 500
o
C,
considera-se que a resistência à com-
pressão do concreto é a mesma do
concreto à temperatura ambiente.
Por outro lado, caso as armaduras
fiquem fora da seção transversal resi-
dual, devem-se aplicar os coeficientes
redutores da resistência do aço para
a temperatura em questão, de forma
a minorar a resistência do aço para a
situação de incêndio. Essa minoração
u
Tabela 1 – Espessura mínima da seção transversal para o uso do método das
isotermas de 500 ºC segundo o
Eurocode
2 [7] e valores especificados pela
norma ABNT NBR 9062:2017 [2] para concretos com agregados silicosos
TRRF (min)
Eurocode 2 (mm)
NBR 9062:2017 (mm)
60
90
90
90
120
110
120
160
130
180
200
160
240
280
180
Temperatura
do Aço (ºC)
k
s,
θ
= f
yk,
θ
/ f
yk
k
Es,
θ
= E
s,
θ
/ E
s
k
p,
θ
= f
pk,
θ
/ f
yk
Tração
Compressão
CA-50
CA-60
CA-50
CA-60
CA-50
CA-60
CA-50 ou CA-60
1
2
3
4
5
6
20
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
100
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
0,96
200
1,00
1,00
0,89
0,90
0,87
0,81
0,92
300
1,00
1,00
0,78
0,80
0,72
0,61
0,81
400
1,00
0,94
0,67
0,70
0,56
0,42
0,63
500
0,78
0,67
0,56
0,60
0,40
0,36
0,44
600
0,47
0,40
0,33
0,31
0,24
0,18
0,26
700
0,23
0,12
0,10
0,13
0,08
0,07
0,08
800
0,11
0,11
0,08
0,09
0,06
0,05
0,06
900
0,06
0,08
0,06
0,07
0,05
0,04
0,05
1000
0,04
0,05
0,04
0,04
0,03
0,02
0,04
1100
0,02
0,03
0,02
0,02
0,02
0,01
0,02
1200
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
u
Tabela 2 – Valores dos coeficientes de redutores k
s,
θ
, k
Es,
θ
e k
p,
θ
para aços de armadura passiva em função da temperatura
segundo a ABNT NBR 15200: 2012 [3] e o
Eurocode
2 [7]
1...,27,28,29,30,31,32,33,34,35,36 38,39,40,41,42,43,44,45,46,47,...100
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