Revista Concreto & Construções - edição 85 - page 62

62 | CONCRETO & Construções
dos materiais, dimensões e tolerân-
cias, posição das armaduras, níveis
dos acabamentos, critérios de acei-
tação ou rejeição e todos os requisi-
tos e métodos de ensaios para ava-
liação do desempenho dos produtos
acabados.
É importante salientar que o tra-
balho foi sobre especificação de pro-
duto, no caso, de galeria técnica, e
não de projeto. Cabe aos profissio-
nais da área o desenvolvimento dos
projetos de implantação das Galerias
Técnicas, atendendo às necessida-
des de utilização de cada situação
específica, e para isto devem fazê-lo
com base e pesquisa na nova Norma.
3. DISCUSSÕES OCORRIDAS
NAS REUNIÕES E OS
CONSENSOS ATINGIDOS, QUE
CULMINARAM NO FORMATO
FINAL DO PROJETO
O propósito original constituía no
compartilhamento das redes de di-
ferentes concessionárias dentro de
uma mesma galeria técnica. Outra
premissa era que deveria haver es-
paço para manutenção e visitação de
todas as redes, conforme os casos
existentes (Figura 4).
Se um dos objetivos era otimizar
custos de implantação, facilitar a am-
pliação e a manutenção das redes,
a galeria compartilhada com espaço
para visitação parecia uma boa op-
ção, pois poderia ser dividida entre
todas as concessionárias.
No entanto, este foi um grande
impasse nas discussões.
Em obras privadas, diferentes ser-
viços compartilhavam uma mesma
galeria, porém, quando se tratava de
uma rede em via pública, determina-
dos serviços não poderiam compar-
tilhar um mesmo espaço. Não por
incompatibilidade de sistemas, mas
sim por normas internas de cada em-
presa concessionária.
Outra questão polêmica foi quan-
to ao espaço para manutenção e vi-
sitação, o qual foi contemplado no
texto inicial. A discussão foi baseada
em argumentos que afirmavam que
não era necessário um espaço para
manutenção e visitação em toda a
extensão da rede. Poderiam existir
galerias que permitissem a visitação
ou manutenção em alguns trechos,
mas não na rede como um todo.
Em primeira instância foi também
discutido o ordenamento do subsolo,
dividido por tipologia de serviço pres-
tado, conforme a Figura 5. Mas, no
decorrer das reuniões, a orientação
foi retirar do escopo do trabalho este
assunto e estudar somente o produ-
to, permitindo que a tecnologia avan-
ce e cada município possa criar suas
próprias regras.
4. CONTEÚDOS PROPOSTOS
NO PROJETO
A Norma ABNT NBR 16584 – “Ga-
leria técnica pré-moldada em concre-
to para compartilhamento de infra-
estrutura e ordenamento do subsolo
– Requisitos e métodos de ensaios”
especifica as características dos ma-
teriais, parâmetros de dosagem, ca-
racterísticas do acabamento, método
de cura, dimensões e tolerâncias,
bem como critérios para inspeção,
ensaios e parâmetros para aceitação
de peças pré-moldadas e pré-fabri-
cadas de concreto destinadas à exe-
cução das galerias técnicas.
Fazem parte do escopo do traba-
lho os seguintes elementos:
u
Galeria Técnica de seção circular
visitável;
u
Galeria Técnica de seção circu-
lar visitável cravado (método não
destrutivo);
u
Galeria Técnica de seção circular
não visitável;
u
Figura 4
Galeria Técnica produzida por um associado da ABTC
1...,52,53,54,55,56,57,58,59,60,61 63,64,65,66,67,68,69,70,71,72,...100
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