Revista Concreto & Construções - edição 85 - page 56

56 | CONCRETO & Construções
u
Figura 1
Componente no CAD: luminária ou viga?
Fonte:
Autores.
os produtos que oferecem no merca-
do brasileiro.
É sobre essa norma, já em desenvol-
vimento pela Comissão de Estudo Es-
pecial de Modelagem da Informação da
Construção da ABNT (ABNT/CEE-134),
que trata a segunda parte deste artigo
(a primeira parte foi publicada na edição
84 da CONCRETO & Construções).
2. A NORMA DE DIRETRIZES
PARA COMPONENTES BIM
A Norma de Componentes BIM é
desenvolvida por um Grupo de Trabalho
específico criado no âmbito da CEE-134
para este fim. Conta com a participação
de especialistas nos diferentes usos de
BIM, além de acadêmicos e represen-
tantes dos fabricantes dos principais
aplicativos BIM disponíveis no Brasil.
2.1 Escopo
Esta norma terá, nesta primeira ver-
são, escopo restrito a produtos espe-
cíficos (i.e., não genéricos) e tal como
são fornecidos por seus fabricantes ao
mercado. Assim, é dirigida a fabricantes
de produtos de construção e se refere
a produtos modelados na forma de seu
fornecimento (ex: blocos de concreto,
mas não paredes de blocos de concre-
to; placas e montantes para drywall, mas
não vedações em drywall já montadas;
barras de 3m de tubos soldáveis de PVC
de ¾”, mas não trechos de tubulações
já montadas). Outra limitação de escopo
da primeira versão da norma é considerar
apenas obras de edificações, não sendo
focados produtos primariamente destina-
dos a obras de infraestrutura.
É também importante salientar que
a norma em desenvolvimento tratará
somente do conteúdo de componen-
tes virtuais para satisfazer determina-
dos usos de BIM e que a descrição de
como proceder para desenvolver esses
usos não faz parte de seu escopo.
Dentre os aspectos normalizados
encontram-se: parâmetros, nível de de-
talhamento da geometria, representa-
ção 2D, conectores e nomenclatura de
componentes e arquivos.
Esta norma define a maior parte de
seus requisitos em termos de sua defini-
ção em IFC –
Industry Foundation Clas-
ses
(norma ISO 16739:2013), isto é, a
verificação da aderência à norma deverá
ser feita através da análise de uma ver-
são em formato IFC de um dado com-
ponente BIM, que sempre será gerado
num formato nativo
4
específico, escolhi-
do pelo seu desenvolvedor.
Também serão considerados com-
patíveis com a norma em desenvolvi-
mento os “componentes de software”
(ex. ‘famílias’, componentes em forma-
tos nativos de cada aplicativo específi-
co, templates, plug ins, procedimentos,
aplicativos, ferramentas, etc.) que forem
capazes de produzir um componente
BIM que atenda a todos os requisitos
descritos por ela. Portanto, fabricantes
poderão oferecer bibliotecas para apli-
cativos específicos, como Revit®, Ar-
chicad, Vectorworks®, AECOsim, etc.,
em seus formatos nativos e de forma
compatível com a norma desde que
seja possível, a partir deles, exportar
um componente, em formato IFC, que
seja aderente à norma. Representantes
dos fabricantes, membros da CEE-134,
estão comprometidos em preparar ma-
nuais específicos para seus aplicativos
que orientarão seus usuários a como
proceder para gerar componentes BIM
compatíveis com a norma.
Os principais aspectos dos com-
ponentes BIM que são abordados pela
norma, são os seguintes:
u
Parâmetros:
especificações liga-
das ao produto e outras caracterís-
ticas necessárias para atender a um
determinado uso BIM;
u
Geometria:
requisitos de detalha-
mento geométrico, às vezes máxi-
mo, às vezes mínimo;
u
Conectores:
representação de co-
nexões que permitem ligar um com-
ponente a outros componentes, no
processo de modelagem de siste-
mas prediais;
u
Representação 2D:
diretrizes para
inclusão de representação de um
4
F
ormato
nativo
é
o
formato
específico
e
particular
de
cada
aplicativo
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