Revista Concreto & Construções - edição 81 - page 36

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na execução do pavimento de concreto
simples deverão ser capazes de produzir
um produto final acabado de alta qualida-
de, com a produtividade esperada.
Os equipamentos podem ser clas-
sificados em equipamentos de grande,
médio e de pequeno porte, em função
da sua produtividade.
Os equipamentos de grande por-
te são as vibroacabadoras de f
ô
rmas
deslizantes, com produtividade maior
ou igual a 400 m
2
/hora, acompanha-
das de usinas dosadoras e mistura-
doras de concreto, necessárias para
garantir o fornecimento de material à
frente da vibroacabadora; também, é
comum o emprego de texturizadoras e
aplicadoras automáticas de produtos
de cura.
As vibroacabadoras podem execu-
tar pavimentos com larguras de 2,0 m
até 16,0 m, em uma única passada,
dependendo do modelo.
Os equipamentos de médio porte
operam sobre fôrmas fixas, com dispo-
sitivos de adensamento e acabamento
superficial constituídos de cilindros gi-
ratórios; necessitam de adensamento
manual complementar do concreto,
com vibradores de imersão, à frente
do equipamento.
O emprego de desempenadeiras
manuais metálicas (
floats
) e vassouras
de piaçava para a texturização super-
ficial é clássico. Têm produtividade
típica variando entre 100 m
2
/hora e
150 m
2
/hora.
Os equipamentos de pequeno
porte são constituídos de réguas vi-
bratórias, treliçadas ou não, operando
sobre fôrmas fixas, sendo necessário
também o emprego de vibradores de
imersão para o adequado adensamen-
to do concreto. Também é clássico o
emprego de desempenadeiras ma-
nuais metálicas (floats) para o acaba-
mento superficial e de vassouras de
piaçava para a texturização do con-
creto. A produtividade típica desse de
equipamento varia entre 40 m
2
/hora e
50 m
2
/hora.
5º MANDAMENTO
“Definir a logística da obra”
A definição da logística da obra é
fundamental para o sucesso da em-
preitada, compreendendo desde a
instalação do canteiro de obras e da
usina de concreto até o transporte e
a descarga do concreto à frente do
equipamento.
O planejamento da instalação do
canteiro de obras deve ser realizado
com base em informações específicas
fornecidas pelo cliente e pelo projetista.
A título de exemplo, citam-se as infor-
mações básicas para a implantação do
canteiro de uma usina dosadora e mis-
turadora de concreto, quais sejam:
a) extensão do trecho;
b) locais possíveis de instalação do
equipamento:
– plantas do trecho, com acessos;
– inspeção prévia dos locais.
c) facilidades possíveis de fornecimen-
to dos seguintes itens:
– energia elétrica;
– água;
– alojamento;
– refeições;
– óleo diesel;
– equipamentos para preparo
do local;
– materiais de suporte, para ins-
talação: cimento, areia, brita,
concreto etc.;
d) volume mínimo a ser executado
diariamente;
e) datas limites do cronograma para
instalação e início das atividades.
Escolha do terreno para o canteiro
A escolha do terreno para a ins-
talação do conjunto para produção e
controle tecnológico de concreto deve
observar as seguintes prioridades:
a) fluxo de recebimento dos materiais
a serem utilizados;
b) fluxo de saída dos caminhões para
a frente de serviço;
c) planta planialtimétrica do terreno.
Sempre que possível, a opção deve
ser por terrenos planos, preferencialmen-
te com geometria retangular, de forma a
permitir no mínimo dois acessos distintos.
Na impossibilidade de locação em
área plana, a melhor opção é a de área
constituída por até três platôs, de forma
a possibilitar a instalação por conjuntos
ou blocos operacionais.
Locação dos equipamentos
no canteiro
Recomenda-se considerar a loca-
ção dos blocos operacionais em áreas
que permitam livre circulação de veícu-
los, tendo em vista a necessidade de
operação independente e constante
das linhas de transporte de agregados,
cimento, água, aditivos e concreto, in-
cluindo a passagem deste pelo labora-
tório de controle tecnológico.
A casa de comando da central deve
ser locada de forma a permitir:
– fácil acesso;
– ampla visão do carregamento de
concreto;
– visão do pátio de agregados.
Finalmente, é importante cuidar da
logística do transporte do concreto da
usina até a frente de serviço, de modo
a minimizar percursos e tempo de via-
gem, bem como aquele de manobra e
descarga do concreto à frente do equi-
pamento vibroacabador.
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