14 | CONCRETO & Construções | Ed. 90 | Abr – Jun • 2018
u
personalidade entrevistada
A
rmênio naturalizado
brasileiro, o Prof. Vahan
Agopyan é o 27º reitor da
maior universidade pública
brasileira, a Universidade de
São Paulo (USP), posto que
assumiu em 25 de janeiro último.
Graduado em Engenharia Civil pela Escola
Politécnica (Poli) da USP em 1974, o Prof.
Vahan muito cedo se decidiu pela carreira
acadêmica, fazendo o mestrado na Poli e o
doutorado na
University of London King’s
College
. Os cargos administrativos foram
decorrência de uma trajetória de reconhecida
atuação universitária. Chefe do Departamento
de Engenharia de Construção Civil
(1990-1998), vice-diretor e diretor da Poli
(2002-2006), o Prof. Agopyan foi ainda
pró-reitor de pós-graduação (2010-2014)
e vice-reitor da USP (2014-2018).
É professor titular de materiais e
componentes de construção civil, atuando
principalmente nas áreas de materiais
reforçados com fibras, qualidade e
sustentabilidade da construção civil.
Vahan
Agopyan
IBRACON
– O
que
o
motivou
a
escolher
a
engenharia
civil
,
seguir
a
carreira
acadêmica
e
assumir
cargos
administrativos
em
sua
vida
universitária
?
V
ahan
A
gopyan
– Tinha curiosidade
pelas atividades de criação e de
desenvolvimento da engenharia. Por
isso, ingressei em 1970 no curso de
engenharia da Escola Politécnica da
USP. Ao final do primeiro ano, optei
pela engenharia civil, por me sentir
bem neste ambiente. Logicamente
que, como qualquer estudante
de engenharia, não conhecia a
profissão de maneira adequada. A
compreensão só se deu plenamente
no ambiente da faculdade.
A carreira acadêmica e,
posteriormente, a administrativa,
são decorrentes uma da outra. Eu
era aluno médio, mas, em algumas
disciplinas, em particular a do meu
então futuro orientador, o Prof. Eládio
Petrucci, tinha sido o melhor aluno
da turma. Por isso, fui convidado
a dar aula na área de materiais
de construção em tempo parcial.
Isto aumentou meu interesse pela
pesquisa, de modo que decidi seguir
carreira acadêmica. Fiz mestrado na
Poli entre 1974 e 1978. Larguei a
construtora onde trabalhava e onde
CECÍLIA BASTOS