Revista Concreto & Construções - edição 86 - page 88

88 | CONCRETO & Construções | Ed. 86 | Abr – Jun • 2017
4.4 Análise da passivação
por meio dos parâmetros
eletroquímicos
As Figuras 9 e 10 mostram a
evolução da densidade de corrente
de corrosão (i
corr
) das armaduras de
aço CA24 e CA50 com diâmetros de
5mm e 25mm, respectivamente, em-
bebidas no concreto de referência.
As Figuras 11 e 12 mostram a
evolução do potencial de corrosão
(E
corr
) das armaduras de aço CA24
e CA50 com diâmetros de 5mm e
25mm, respectivamente, embebidas
no concreto de referência.
Os resultados das Figuras 9, 10,
11 e 12 mostram que inicialmente
a densidade de corrente de corro-
são (i
corr
) e o potencial de corrosão
(E
corr
) indicam certa atividade, o que
é explicado pela rápida oxidação
ocorrida no processo de formação
da camada passiva (FIGUEIREDO,
1994). Após alguns poucos dias,
os registros da i
corr
passam a ser
todos inferiores a 0,1µA/cm
2
, indi-
cando corrosão desprezível (Figura
4), e os registros de E
corr
vão em
direção e se mantem em valores
superiores a –200 mV em relação
ao eletrodo de cobre-sulfato de co-
bre, o que significa baixa atividade
e baixa probabilidade de corrosão
(Figura 3). Portanto, os parâme-
tros eletroquímicos mostram que
os aços CA24 e CA50, tanto com
diâmetros menores como maiores,
não possuem diferenças no que se
refere ao processo de passivação,
podendo ser associados em con-
cretos isentos de cloretos e não
carbonatados.
5. CONCLUSÕES
Apesar das diferenças existentes
na composição química e metalo-
gráfica, na dureza superficial, nas
propriedades mecânicas e na duc-
tibilidade dos aços CA24 e CA50, o
monitoramento eletroquímico da i
corr
e do E
corr
ao longo dos 90 dias de
ensaio mostrou que ambos os aços,
com os dois diâmetros estudados,
mostraram semelhantes capacida-
des de se passivarem quando en-
volvidos por concreto sem cloretos
e não carbonatado. Portanto, o aço
CA50 poderia ser empregado em
trabalhos de recuperação e refor-
ço de estruturas antigas, com aço
CA24, desde que o concreto com
cloretos e carbonatado tenha sido
totalmente removido do entorno
dessas armaduras.
Diferentemente da conclusão re-
lativa ao período de passivação, es-
tudo realizado por Carvalho (2014)
mostrou que, após a despassiva-
ção, o tipo de aço e o diâmetro das
armaduras influenciam na velocida-
de de propagação da corrosão.
u
Figura 11
Potencial de corrosão (E ) da armadura em função do tempo para
corr
o aço CA24 e CA50 com 5mm de diâmetro
u
Figura 12
Potencial de corrosão da armadura (E ) em função do tempo para o
corr
aço CA24 e CA50 com 25mm de diâmetro
1...,78,79,80,81,82,83,84,85,86,87 89,90,91,92,93,94,95,96,97,98,...100
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