92 | CONCRETO & Construções | Ed. 86 | Abr – Jun • 2017
rotacional. Após a mistura das pastas
cimentícias, essas foram adicionadas
em um reômetro da marca Anton-Paar,
modelo MCR302, ilustrado na Figura 2.
Utilizou-se geometria de placas pa-
ralelas de aço inoxidável do tipo
cross
hatched
, com diâmetro de 25mm
(PP25/P2). Variou-se a quantidade de
aditivo para avaliação comparativa da
viscosidade e tensão de escoamento.
Os ensaios foram realizados a partir da
programação de
stepped flow test
para
a determinação dos parâmetros reoló-
gicos e do tipo de comportamento sob
solicitação de fluxo. A taxa de cisalha-
mento foi mantida constante por 10s
em cada patamar e a quantificação da
tensão de cisalhamento e viscosidade
em função da taxa foi realizada a partir
de uma média dos últimos 5 segundos
(Figura 3)[2].
4. TRAÇOS DO CONCRETO
PARA PAREDES
Normalmente os traços para con-
creto autoadensável necessitam de
maior quantidade de materiais finos,
como filler, areia bem fina, sílica ativa,
cinza da casca de arroz, entre outros,
ou, em alguns casos, o cimento (po-
rém, com este último o custo da mistu-
ra será elevado), para evitar exsudação
e segregação, e garantir que se consi-
ga atingir o espalhamento necessário.
Neste estudo foram reduzidas as fra-
ções finas da mistura intencionalmente
para aumentar o nível de segregação
e avaliar o efeito do aditivo PCMV. A
composição do concreto para paredes
é definida com as mesmas técnicas
de concreto autoadensável. Antes de
definir a proporção de cada elemento
da mistura, foram avaliadas as carac-
terísticas do cimento, agregados e da
água, primeiramente antes de definir
o tipo de aditivo e dose utilizados. As
características da mistura foram avalia-
das e definidas de acordo com as es-
pecificações de aplicação, resistência e
fluidez necessárias, principalmente na
seleção da relação água/cimento para
atingir a durabilidade necessária. Após
a seleção do traço, os ensaios foram
realizados com foco na avaliação da
estabilidade do concreto principalmen-
te na resistência à segregação e exsu-
dação. Para a determinação do traço
utilizou-se como referência o manual
u
Figura 3
Esquema do ensaio de reometria
u
Tabela 2 – Traços para testes com policarboxilato convencional e
policarboxilato modificador de viscosidade para paredes de concreto
Materiais
Policarboxilato
convencional
Policarboxilato modificador
de viscosidade
Cimento (Kg/m
3
)
348
295
Areia natural fina (Kg/m
3
)
479
423
Areia artificial (Kg/m
3
)
479
423
Brita 0 (Kg/m
3
)
871
1013
Água (Kg/m
3
)
175
183
Relação água/cimento
0,50
0,62
Teor de argamassa (%)
60
53
u
Figura 4
Efeito do aumento do teor de aditivo pelo ensaio de cone de Kantro