Revista Concreto & Construções - edição 86 - page 90

90 | CONCRETO & Construções | Ed. 86 | Abr – Jun • 2017
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encontros e notícias |
CURSOS
pesquisa e desenvolvimento
Aditivos especiais para
concretos de parede
DANILA FABIANE FERRAZ • RENAN LUCAS LAPA LOBO • MATEUS DE SOUZA GUERRA
GCP A
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T
echnologies
1. INTRODUÇÃO
O
s benefícios do concreto
autoadensável, como a
boa capacidade de bom-
beamento e a eliminação da necessi-
dade de compactação, são reduzidos​
pela necessidade de incremento de
materiais finos na mistura, o que pode-
rá elevar o custo e demanda de água,
aumentar a sensibilidade a pequenas
variações na relação água/cimento e
necessidade de dosagens especiais.
As principais características do con-
creto para a produção de paredes é
boa fluidez, sem haver segregação e
exsudação, altas resistências inicias,
bom controle reológico para auxiliar no
bombeamento e controle do teor de
ar. Isso é um grande desafio, por se
tratar de um concreto autoadensável,
ou seja, com classe de espalhamento
entre SF1 ou SF 2, onde é exigido um
teor de material fino alto para estabili-
zar e dar coesão e conseguir atingir a
fluidez necessária, sem haver segrega-
ção dos materiais. Porém, em paredes
de concreto, os valores de resistência
podem variar dependendo do projeto,
podemos citar alguns casos onde a es-
pecificação varia de 25-30Mpa em 28
dias. Um dos parâmetros que merece
destaque é a necessidade do desen-
volvimento de pelo menos 3,0 MPa
com apenas 12 horas após a molda-
gem, para acelerar a desforma, critério
que define rapidez do sistema em rela-
ção a outros. Neste estudo, foi identifi-
cado que o aditivo base policarboxilato
modificador de viscosidade proporcio-
na uma mistura com tensão de esco-
amento pequena, porém, mensurável,
usando dosagens típicas da concretei-
ra, apenas ajustando o teor de finos,
sendo possível obter um concreto para
paredes com boa fluidez e sem segre-
gação e exsudação. Dois aditivos flui-
dificantes foram estudados sendo um
deles base policarboxilato convencional
(identificado como PCE) e o outro adi-
tivo, igualmente de um policarboxilato,
porém com características de modifica-
dor de viscosidade (identificado como
PCMV). Os estudos foram feitos com
ambos aditivos e cimento CP V ARI RS,
primeiramente em pasta depois em ar-
gamassa e finalmente em concreto. Os
ensaios em concreto convencional fo-
ram realizados para o desenvolvimento
de uma dosagem ideal para paredes de
concreto e sem apresentar exsudação
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Figura 1
Distribuição do tamanho médio de partículas do cimento CP V ARI RS
1...,80,81,82,83,84,85,86,87,88,89 91,92,93,94,95,96,97,98,99,...100
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