Revista Concreto & Construções - edição 79 - page 41

CONCRETO & Construções | 41
Aquário do Pantanal: desafios
de projeto e construção
RESUMO
O
CEPRIC, conhecido como
Aquário do Pantanal, é
um aquário de água doce
dentro do Parque das Nações Indí-
genas, na cidade de Campo Grande,
Mato Grosso do Sul (Brasil). Projetado
pelo renomado Arquiteto Ruy Ohtake,
é considerado o maior aquário de água
doce do mundo, com 18.635m², sen-
do constituído por 23 grandes aquários
dentro do edifício e 9 na área externa,
totalizando um volume de água de
aproximadamente 6 milhões de litros,
que vão abrigar 263 espécies da fau-
na aquática. Este artigo apresenta os
desafios e engenhosidades envolvidos
no projeto e construção da estrutura
de concreto (cerca de 17.500m³ apli-
cados) estanque, de alta resistência e
aparente em alguns trechos. Os resul-
tados demonstraram que o projeto es-
trutural, os procedimentos executivos
e o concreto utilizado foram determi-
nantes no sucesso da obra e conse-
guiram atender aos desafios rigorosos
do projeto arquitetônico, resultando em
elementos estruturais com integridade
e durabilidade condizentes com a im-
portância desta obra emblemática para
a região e o país.
1. INTRODUÇÃO
Localizado no Parque das Na-
ções Indígenas, o Aquário do Panta-
nal, nome popular para o Centro de
Pesquisa e Reabilitação da Ictiofau-
na Pantaneira (CEPRIC), será o maior
aquário nacional e primeiro de porte in-
ternacional do Brasil (com padrão cha-
mado de
“World Class Aquarium”
). O
aquário possui propósitos contempla-
tivos, turísticos, educacionais e cien-
tíficos, sendo a finalidade do projeto
incentivar o desenvolvimento de pes-
quisas e diálogos com universidades
nacionais e internacionais, fortalecer a
educação ambiental e ainda funcionar
como um espaço de turismo e lazer
para a população campo-grandense e
a sociedade brasileira.
O aquário apresentará espécies de
peixes, anfíbios e répteis da fauna sul-
-mato-grossense, parte das espécies
vegetais locais, além de espécies da
Amazônia, Bacia do Paraná e do lito-
ral brasileiro, tornando-se referência
u
obras emblemáticas
SÉRGIO DONIAK • HUGO CORRES
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Figura 1
Vista externa e seções (longitudinal e transversal) do pavilhão central
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