56 | CONCRETO & Construções | Ed. 90 | Abr – Jun • 2018
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Tamanho e estrutura dos vazios;
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Declividade da área de contribuição
subjacente à área permeável; e,
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Velocidade e efeito limpante do
tráfego.
Entre esses fatores, a intensidade do
tráfego de veículos parece ser determi-
nante na colmatação, pois em vias de
tráfego intenso, o entupimento dos poros
ocorre de forma mais lenta, pois existe
a sucção provocada pela passagem de
veículos, que tende a descolmatar os va-
zios, enquanto que, onde há um tráfego
pouco intenso, o bombeamento das par-
tículas para fora dos vazios não acontece
de forma expressiva, o que acarreta em
uma colmatação mais rápida.
Os estudos de TONG (2011) apre-
senta alguns casos onde os efeitos de
colmatação podem ser ocasionados
(Figuras 9 a 11).
É imprescindível ressaltar que di-
ferentes tipos de sedimentos causam
diferentes padrões de deposição e di-
ferentes efeitos sobre a redução do de-
sempenho hidráulico e a recuperação
da manutenção.
Conforme observado por HASEL-
BACH (2010), as partículas maiores
tendem a ser retidas no topo ou per-
to da superfície, as partículas de areia
mais finas penetram no pavimento e
ficam presas dentro do concreto (no
caso de concreto poroso), as partículas
ainda mais finas podem infiltrar-se pelo
pavimento e depois podem ser deposi-
tadas entre a superfície da camada de
concreto e solo subjacente.
Diversas pesquisas relataram que
partículas mais grossas levaram mais
tempo para entupir o pavimento do
que partículas mais finas. Os materiais
argilosos tendem a ficar retidos sobre
ou perto da superfície do pavimento,
reduzindo gradualmente o coeficiente
de permeabilidade.
A colmatação não pode ser com-
pletamente impedida, mas sua forma-
ção pode ser retardada e seus efeitos
minimizados. Segundo PORTO (1999),
um projeto elaborado da forma correta
minimiza a colmatação da superfície.
A manutenção das propriedades de
permeabilidade ao longo do tempo útil
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Figura 9
Colmatação devido ao escoamento de detritos de uma área com
materiais finos, sem cobertura de vegetação (TONG, 2011)
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Figura 10
Colmatação causada por tráfego durante a construção (TONG, 2011)