Revista Concreto & Construções - edição 88 - page 65

CONCRETO & Construções | Ed. 88 | Out – Dez • 2017 | 65
O enchimento do reservatório, com área normal
de 1350 quilômetros quadrados, extensão de 170
quilômetros, largura média de sete quilômetros e
cota máxima de 220 metros (queda nominal de 118
metros), totalizando um volume útil de 19 bilhões de
metros cúbicos, levou apenas 14 dias, devido às in-
tensas chuvas. Condições hidrológicas excepcionais
para o teste de desempenho do vertedouro, aberto
pela primeira vez no final de outubro de 1982.
Completado um decênio da formação de Itaipu
Binacional, entrou em operação a primeira unidade
geradora da usina. Neste ano, a produção de ener-
gia elétrica ficou em torno de 277 mil megawats-ho-
ra. Sete anos depois, foi colocada em serviço a 18º
máquina, quando Itaipu atingiu a capacidade insta-
lada de 12.600MW, mas a produção de 75 milhões
de magawatt-hora prevista no Tratado de Itaipu foi
alcançada apenas em 1995. Atualmente, a usina
tem potência instalada de 14 mil megawatts, ope-
rando com 20 unidades geradoras, as duas últimas
instaladas em 2007.
ESTRUTURAS PRINCIPAIS
A usina hidrelétrica de Itaipu é uma obra com-
posta pelas seguintes estruturas principais, que em
seu todo perfazem mais de nove quilômetros de
comprimento: barragem de terra esquerda, barra-
gem de enrocamento, barragem principal, casa de
força, barragem lateral direita, vertedouro e barra-
gem de terra direita.
O vertedouro, com capacidade máxima de des-
carga de 62 mil metros cúbicos por segundo, é uma
estrutura formada por 15 blocos, com altura máxima
de 43 metros, largura de 390 metros e comprimento
de 483 metros (calha + crista), situada ao lado direi-
to da barragem principal, ao lado barragem lateral
direita. Nele foram lançados 800 mil metros cúbicos
de concreto.
A barragem lateral direita, juntamente com os
blocos de ligação, com altura máxima de 81 metros,
é do tipo contraforte, sendo formada por 91 blocos,
que demandaram mais de 1,5 milhão de metros cú-
bicos de concreto.
Com base nos estudos geotécnicos, existiam
duas alternativas para a construção da barragem
principal: a barragem de gravidade maciça e a
u
Figura 6
Concretagem da área de montagem central (bloco AMC2) para
regularização até a El. 125 - Parque de estocagem
u
Figura 7
Vista geral do canal de fuga, casa de força e barragem principal em
dezembro de 1982
u
Figura 8
Vista da barragem e da casa de força em dezembro de 1982
1...,55,56,57,58,59,60,61,62,63,64 66,67,68,69,70,71,72,73,74,75,...116
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