Revista Concreto & Construções - edição 88 - page 60

60 | CONCRETO & Construções | Ed. 88 | Out– Dez • 2017
aspectos ligados à durabilidade e susten-
tabilidade. Como existe uma sinergia mui-
to grande entre as três entidades, acredito
que isso deva se traduzir numa maior efe-
tividade dos trabalhos do Grupo. Nós, do
IBRACON, queremos exercer uma ativa
participação na mais importante entidade
mundial do concreto”, concluiu.
Na avaliação do presidente da
fib
,
Hugo Corres, a entrada do IBRACON
no Grupo Nacional atuante na
fib
signifi-
ca maior possibilidade de aprimoramento
técnico, o que será importante na elabo-
ração do MC 2020. “Nós, da
fib
, procu-
ramos fazer parcerias com entidades que
conhecem a realidade de cada país. E
agora, no Brasil, além da ABECE e da AB-
CIC, contamos com o IBRACON. Essas
entidades conhecem profundamente as
necessidades do país e isso é muito im-
portante para a
fib
: receber tanto as con-
tribuições como as aspirações dos pro-
fissionais e técnicos. Isso é decisivo para
realizarmos o nosso trabalho”, comentou.
WORKSHOP
Todos os integrantes do Grupo Nacio-
nal encarregados de fazer a interface com
a
fib
salientaram também a importância da
promoção do evento no Brasil. Corres, re-
conheceu a importância histórica do país:
“O Brasil tem um nível técnico alto e, além
disso, é membro há muito tempo, sendo
inclusive associado das entidades que
precederam a
fib
. Por isso, o país é chave
para a realização de eventos como este e
na formulação de documentos que levem
em conta as características de diferentes
países e continentes”.
Segundo Íria Doniak, o CódigoModelo
fib
para estruturas de concreto é um do-
cumento referência para o texto-base de
normas, como o Eurocódigo, e de todos
os 44 países que hoje integram a federa-
ção. Contemplar as necessidades do Bra-
sil e outros países sul-americanos é funda-
mental, afinal não devemos tomar como
regra o que ditam os códigos estrangei-
ros, mas também precisamos analisar di-
ferentes contextos e promover o debate.
A
fib
está sempre atenta e franqueando
constantemente essas oportunidades”.
Para Fernando Stucchi, líder do Grupo
Nacional e coordenador técnico do even-
to, foi uma grande oportunidade para que
os profissionais brasileiros tivessem aces-
so às manifestações de importantes inte-
grantes da
fib
, que foram muito felizes em
suas apresentações.
O palestrante Aurélio Muttoni reco-
nheceu que o trabalho começado ainda
se estenderá por algum tempo e deve
impactar positivamente a engenharia na-
cional no futuro: “A
fib
olha para os pro-
blemas que existem no Brasil e procura
identificar quais os desafios que deverão
ser resolvidos nas próximas gerações do
Código”, concluiu.
“O trabalho das grandes entidades em
países latino-americanos permite que os
nossos problemas sejam conhecidos por
profissionais da Europa e que se passe a
buscar soluções em conjunto. Isso é im-
portante, pois emmuitos lugares da Amé-
rica Latina há pouco incentivo de pesquisa
por parte dos governos. Por outro lado,
Estados Unidos e Europa são muito re-
ceptivos em relação à nossa tecnologia. É
assim, por exemplo, com a consideração
de sismos em projetos, ponto em que es-
tamos mais avançados que eles, uma vez
que temos situações extremas em nosso
continente”, apontou o especialista chile-
no Carlos Videla.
A preocupação da
fib
em elaborar
um Código Modelo abrangente que pre-
ze pela segurança foi refletida também
na apresentação do professor György
Balázs, presidente honorário da federa-
ção. O especialista húngaro reforçou o
importante papel do controle de fissuras
na preservação de elementos estruturais
de concreto existentes e tambémno aper-
feiçoamento de projetos futuros. Outra
preocupação que permeia a formulação
do novo Código Modelo é com a susten-
tabilidade. O engenheiro Akio Kasuga, do
Japão e também integrante do Presidium,
falou sobre a importância de engenheiros
projetistas priorizarem a simplicidade em
seus trabalhos, o que de acordo com Ka-
suga promove a economia de concreto,
diminuindo as emissões de CO
²
, além de
promover a maior segurança oferecida
por projetos que deixem de incorporar
complexidades desnecessárias.
O professor Paulo Helene (USP),
diretor e conselheiro do IBRACON e
profissional que já atuou em trabalhos
da
fib
, foi outro responsável por situar
a experiência brasileira entre os relatos
de outras partes da América do Sul e
também da Europa. Helene contextua-
lizou as recomendações da federação
Eng. Julio Timerman assina Termo de Acordo de Cooperação, assistido pela
Engª Íria Doniak e pelo Eng. Jefferson Dias de Souza Júnior
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