Revista Concreto & Construções - edição 88 - page 64

64 | CONCRETO & Construções | Ed. 88 | Out– Dez • 2017
sistemas de transporte e lançamento de
concreto, além de escavadeiras de 13 jardas cú-
bicas e caminhões basculantes de 70 toneladas.
Nessa primeira etapa foram lançados cerca de
um milhão de metros cúbicos de concreto, sendo
que o pico mensal de produção girou em torno dos
170 mil metros cúbicos. Ela foi finalizada em 1978,
com o término da concretagem da estrutura de des-
vio, pouco antes do desvio do rio Paraná, em outu-
bro daquele ano.
SEGUNDA ETAPA DA CONSTRUÇÃO
A segunda etapa envolveu a construção da
barragem principal e tomada d’água, da casa de
força, da barragem lateral direita, do vertedouro e
das demais obras civis complementares. Por ser
essencialmente composta por serviços de concre-
tagem, ela implicou o lançamento de cerca de 12
milhões de metros cúbicos de concreto, com pico
de produção mensal situando-se na casa dos 340
mil metros cúbicos.
Esse ritmo de lançamento do concreto só foi
possível devido ao planejamento e programação da
cadeia de suprimentos, que envolvia explosivos, ci-
mentos, cinzas volantes e aço, transportados desde
suas instalações de origem no Brasil e no Paraguai
para os canteiros de obras em Itaipu. Apenas a areia
e os agregados foram fornecidos localmente. Esse
planejamento da cadeia de suprimentos viabilizou
a construção e operação por Itaipu Binacional do
terminal de transferência de carga em Maringá, que
possibilitou a utilização em larga escala do sistema
ferro-rodoviário brasileiro durante a execução das
obras civis, com expressiva economia no custo dos
transportes dos materiais.
Em 1982, quando se deu o fechamento do canal
de desvio e o início do enchimento do reservatório,
restavam apenas cerca de três milhões de metros
cúbicos de escavação (menos de um milhão em ro-
cha) a ser executado e cerca de um milhão de metros
cúbicos de concreto a ser lançado (menos de 10%
do total previsto), relativos à execução do trecho da
casa de força e da área de montagem no canal de
desvio, do edifício de comando centralizado, e da fi-
nalização da construção da casa de força no antigo
leito do rio Paraná.
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Figura 3
Ensecadeira em Arco de Montante: momento da explosão que deu
origem ao desvio do Rio Paraná
Fonte:
The Itaipu Hydroelectric Project 12600MW: design and construction features
u
Figura 4
E
stágio das obras em julho de 1982 na barragem principal
e estrutura de controle: tomadas d'água
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Figura 5
Vista das obras nos condutos forçados da barragem principal
1...,54,55,56,57,58,59,60,61,62,63 65,66,67,68,69,70,71,72,73,74,...116
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