Revista Concreto & Construções - edição 85 - page 44

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no setor. Cabe à equipe interna garantir
o atendimento ao modelo pedagógico,
às normas técnicas e à legislação exis-
tente, bem como às necessidades de
alunos e usuários da escola.
A experiência adquirida e a vivência
dos problemas da manutenção des-
sas escolas permitem à FDE agregar
conhecimento técnico e prático sobre o
funcionamento dasmesmas e possibilitam
o aprimoramento contínuo dos projetos e
componentes da construção escolar.
SUSTENTABILIDADE
Em 2008 foi introduzida a certifi-
cação AQUA-HQE quanto à susten-
tabilidade e a etiquetagem PROCEL
de eficiência energética, buscando
conscientizar e incentivar a adoção de
ações para garantir a sustentabilidade
dos edifícios escolares ao incorporar
conceitos de qualidade ambiental e
tecnológica, ecologia, reciclagem e de
uso racional de materiais e recursos.
Para tal, são efetuados cálculos e si-
mulações que garantam o conforto tér-
mico, acústico, luminoso e a eficiência
energética nas novas escolas.
Hoje há 20 escolas certificadas nas
diferentes fases do processo AQUA-
-HQE e outras 18 em processo de
certificação, bem como 2 escolas eti-
quetadas pelo programa de eficiência
energética Procel Edifica em Nível A.
A estrutura pré-fabricada de concreto,
contribui nesse sentido, na medida que re-
duz a utilização de formas, escoramentos,
cimbramentos e a organização do cantei-
ro, evitando o desperdício de materiais.
Junto com a certificação foram in-
troduzidas instalações hidráulicas e elé-
tricas economizadoras, o reaproveita-
mento de águas pluviais para utilização
em descarga de bacias sanitárias, o
aquecimento solar da água, a separa-
ção da distribuição elétrica em mais de
um circuito nas salas de aula, possibili-
tando que cargas de iluminação sejam
acionadas na justa medida pelo apro-
veitamento da iluminação natural, e a
implantação de sistema de gestão de
resíduos da construção.
RESULTADOS
Até o momento, neste siste-
ma construtivo foram concluídos
163 novos prédios - com média de
3.000m² de área construída por edifí-
cio – e 24 ampliações, com área média
de 2.000m² de escolas existentes.
A escola é praticamente o único
equipamento público disponível às ca-
madas mais carentes da população
na periferia de nossas cidades. Esses
prédios se sobressaem por sua escala
na imensidão formada por autocons-
truções ou por conjuntos habitacionais.
O objetivo proposto por essas obras é
gerir o recurso público, de modo que a
configuração formal das escolas contri-
bua para a qualificação do espaço ur-
bano em que se inserem. E, também,
levar um edifício de qualidade às diver-
sas regiões da cidade, indistintamente.
Ao construir o prédio destinado
à educação, considerando as ques-
tões sociais e ambientais, o órgão
público contribui para a formação
da cidadania.
[01] FERREIRA, A. F. e MELLO, M. G. (orgs). ARQUITETURA ESCOLAR PAULISTA: ESTRUTURAS PRÉ-FABRICADAS. FDE: 2006, São Paulo
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R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
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Figura 12
E.E. Profª Selma Maria Martins Cunha – Votorantim (Projeto de
Arquitetura Puntoni Arquitetos – Projeto de Estrutura CTC Projetos
e Consultoria)
Foto: Carlos Kipnis
1...,34,35,36,37,38,39,40,41,42,43 45,46,47,48,49,50,51,52,53,54,...100
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