Revista Concreto & Construções - edição 85 - page 43

CONCRETO & Construções | 43
do concreto e melhor acabamento em
função das fôrmas utilizadas, reduzin-
do, assim, problemas de manutenção
ao longo do tempo.
Por isso, em seus editais de licita-
ção, a FDE exige experiência anterior
na execução de estrutura pré-fabri-
cada solidarizada, para habilitação
das empresas, por ser esta técnica
mais apurada que a pré-fabricada
convencional.
A RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO
Quanto maior a escola, menor seu
custo por metro quadrado, pois a in-
cidência de áreas molhadas e a infra-
estrutura para sua implantação são se-
melhantes em diferentes capacidades,
diluindo-se nas escolas com maior nú-
mero de salas de aula, que se consti-
tuem numa grande área seca.
A modulação e os componentes
construtivos da FDE são utilizados nes-
ses projetos, garantindo maior rapidez
em sua elaboração.
Essa iniciativa proporciona, tam-
bém, a redução do prazo de execução
da obra propriamente dita, na medida
em que as peças estruturais podem ser
fabricadas concomitantemente à exe-
cução dos serviços de movimento de
terra e fundações.
A comparação do valor da obra
convencional com aquele das obras
em estrutura pré-fabricada já concluí-
das e de área semelhante, indica que
estas últimas apresentam o melhor
custo. Essa afirmação considera uma
série de fatores que as diferenciam,
mas sobretudo as melhorias que fo-
ram introduzidas, a qualidade da obra
acabada e a redução do custo de ma-
nutenção – pela redução de trincas e
outras patologias. Essa questão é cru-
cial e estratégica para garantir a conti-
nuidade do trabalho.
HISTÓRICO
Enquanto na maioria dos Estados
a execução das diferentes obras pú-
blicas é centralizada, em São Paulo,
a construção escolar é produzida por
um órgão especializado – a FDE, que
sucede órgãos no modelo estabelecido
na década de 60 e determinado pelo
gigantismo da rede escolar paulista
e consequentes exigências para agi-
lização das obras de expansão e ma-
nutenção. A pré-fabricação é o passo
seguinte à introdução do conceito de
Coordenação Modular ocorrido na
década de 70 e que fundamenta a
concepção do programa arquitetônico
e ambientes escolares, componentes,
serviços, mobiliário e composição
de preços, que compõem nossos
Catálogos Técnicos.
A produção da FDE é centrada na
educação e mantém muitos dos proce-
dimentos adotados desde aquele perío-
do, isto é, o Estado terceiriza os projetos
a diferentes escritórios de arquitetura, o
que contribui não só à diversidade da
produção arquitetônica, como também
à economia de recursos humanos na
entidade pública e à geração de trabalho
u
Figuras 9 e 10
EE Levi Vieira da Maia - Guarulhos (Projeto de Arquitetura Helena
Ayoub Arquitetos – Projeto de Estrutura STENG Engenharia) e
E.E. Vila Esperança - Campinas (Projeto de Arquitetura Apiacás
Arquitetos – Projeto de Estrutura Ruy Bentes)
Fotos: Pregnolato & Kusuki
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Figura 11
EE Jd Sta Rita II – Itaquaquecetuba (Projeto de Arquitetura
Libeskindllovet Arqs – Projeto de Estrutura CTC Projetos e Consultoria)
Foto: Pedro Napolitano
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