18 | CONCRETO & Construções
incorporação
da
industrialização
na
construção
de
edificações
no
B
rasil
?
A
ntonio
P
edreira
de
F
reitas
–
Eu diria que, na construção de
edificações, a principal busca é
por sistemas de vedação mais
baratos, racionais e que não tragam
patologias após o uso. O mais difícil
é atender à questão das patologias,
pois a nossa cultura não aceita
juntas nos apartamentos. Sendo
assim, quando se trabalha com
grandes elementos pré-moldados
ou de componentes diferentes, a
fissura entre o elemento de vedação
e o elemento estrutural exige um
tratamento caro. Por isso, a busca
por elementos de vedação com
a finalidade de serem estruturais.
Mas, acredito, que quanto às
questões técnicas, os engenheiros
sempre conseguem resolver.
As barreiras continuam sendo, por
incrível que pareça, as mesmas de
tempos atrás:
u
Conservadorismo dos diretores
de grandes empresas, que
procuram fazer o que sempre
deu certo;
u
A tributação, conforme
comentado na questão anterior;
u
Os arquitetos que projetam
sempre imaginando que a
construção será convencional.
Porém, acredito que a dificuldade
cada vez maior com os custos
indiretos da mão de obra esteja
conduzindo para construções mais
racionalizadas.
O uso cada vez
maior de paredes
de concreto é um
exemplo disso.
Finalmente, estão
entendendo que
é melhor ter
mais volume de
concreto, se este
volume conduz
à redução de
mão de obra
e de prazo de
execução.
IBRACON
– A
s
empresas
que
adotam
o
sistema
PPPM
têm
sido
sensíveis
à
adoção
do
BIM
na
fase
de
projeto
e
execução
?
A
ntonio
P
edreira
de
F
reitas
– Eu só
tenho escutado falar de BIM. Não sei
responder a esta questão sem ajuda.
Segundo meu filho Otávio Pedreira de
Freitas, que tem estudado muito sobre
a implantação do BIM, ainda não.
IBRACON
– N
a
sua
perspectiva
o
BIM
poderá
revolucionar
a
forma
como
os
projetos
são
feitos
no
setor
construtivo
brasileiro
e
a
forma
como
as
construções
são
realizadas
?
E
m
quanto
tempo
?
A
ntonio
P
edreira
de
F
reitas
– Eu me
lembro muito bem da época em que
os desenhos pararam de ser feitos
na prancheta e passaram a ser feitos
no CAD. Apareceram os ‘plotters’
de canetinha e, depois, os outros
maiores. Lembro-me que vários
projetistas diziam que aquilo não
iria pegar, que era mais complicado
e que nunca mudariam para esta
forma de projetar. Depois de um
tempo, o que escutava era: “como é
que se projetava antes sem o CAD?”.
Que deveria ser impossível!
Pelo que escuto, hoje está
acontecendo a mesma coisa.
Novas tecnologias vêm cada vez
com mais frequência. O BIM trará
todas as discussões sobre o
desenvolvimento do projeto para
um mesmo lugar. É como se todos
estivessem projetando juntos. Com
certeza teremos muito menos erros
e muito mais assertividade nas
soluções e no planejamento. Quanto
tempo? Não sei, mas sei que esta
cada vez mais frequente escutar
sobre o BIM. Deve estar próximo.
INCRÍVEL COMO, NO BRASIL, NÃO HÁ POR PARTE
DO GOVERNO UM INCENTIVO À INDUSTRIALIZAÇÃO;
PELO CONTRÁRIO, COM AS TAXAÇÕES SE
INCENTIVA O USO DE MAIS MÃO DE OBRA
“
Produção racional na construção de Conjunto habitacional
com o sistema de Painéis Portantes Pré-Moldados (PPPM)