Revista Concreto & Construções - edição 82 - page 25

CONCRETO & Construções | 25
3.2 A plastificação dos nós
das estruturas para permitir
a redistribuição linear dos
momentos fletores nos vãos
(ABNT NBR 6118:2014 –
item 14.5.3)
Muitas vezes não se pode trabalhar
na face superior dos elementos a serem
reforçados. Para permitir-se que o refor-
ço se faça pela parte inferior do elemento
plastificam-se os nós, atribuindo-se lhes
momentos fletores máximos correspon-
dentes ao valor resistente da seção, cal-
culado em função da armadura existen-
te disponível. Plastificados os momentos
negativos, os momentos positivos serão
recalculados em função do desloca-
mento da linha de fechamento dos mo-
mentos dos vãos, conforme indicado na
Figura 5. A partir desse novo diagrama é
calculado o acréscimo de componentes
resistentes à tração necessários. Devem
ser verificadas as condições limites de
redistribuição e ductilidade conforme os
itens 14.6.4.2 e 14.6.4.3 da ABNT NBR
6118:2014.
3.3 A utilização da regra da
costura pode permitir a
incorporação de materiais
resistentes à tração
suplementares dispostos
lateralmente à seção a
ser reforçada
A monoliticidade criada quando da
concretagem das lajes e vigas faz com
que elas trabalhem em conjunto, esta-
belecendo o que se denomina como
viga “T”. A viga é solicitada à flexão e
também para os esforços, como cor-
tante e torção. A distribuição das ten-
sões de cisalhamento e do fluxo de tor-
ção ocorre de acordo com a Figura 6.
Desde que a laje adjacente a am-
bos os lados da viga tenha armadura
de costura adequada, o componente
de reforço pode ser aplicado lateral-
mente à viga e os seus esforços trans-
feridos para o eixo longitudinal da viga.
Esse mecanismo de transferência é
denominado de
efeito de costura
, e o
esforço cortante da viga, nesse caso,
está acompanhado por um momento
de torção.
Na Figura 7 ilustra-se uma viga com
seção “T” em que as mesas direita e
esquerda à nervura têm dimensões di-
ferentes (
1
)
f
b
e (
2
f
b
).
Na figura 8, é apresentada uma se-
ção “explodida” de uma viga “T”, para
a qual é admitido que
(
)
1 2
≅ =
z z z
e que nos momentos apresentados se
tenha
(
)
2
1
>
M M
. Com esse critério
pode-se trabalhar com uma seção co-
laborante expandida, redundando em
diminuição do nível de tensões.
.
1
2
= + +
tot
m n
m
A A A A
área compri-
mida total da seção transversal da peça.
As parcelas de compressão que
atuarão nas mesas da seção “T” serão:
u
Figura 5
Plastificação dos nós e redistribuição linear de momentos fletores
u
Figura 6
Determinação do corte e torção em vigas “T”
u
Figura 7
Seção transversal de uma viga “T”
1...,15,16,17,18,19,20,21,22,23,24 26,27,28,29,30,31,32,33,34,35,...100
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