Revista Concreto & Construções - edição 82 - page 19

CONCRETO & Construções | 19
A
ntonio
C
armona
F
ilho
– Realmente
temos tido a oportunidade de atuar
com grande ênfase em portos, o que
culminou por nos promover uma larga
experiência na área, principalmente no
que tange à recuperação de estacas
cravadas em leito marinho, utilizadas
geralmente como suporte para os
píeres de movimentação de cargas e
atracação de navios.
Os principais desafios que
enfrentamos ao iniciar as atividades
nessa área foram:
u
Inspecionar a parte da estrutura
com variação da maré, em geral
utilizando barcos de pequeno porte
movidos a remo e, em espaço
confinado, usando uma plataforma,
muitas vezes com parte do corpo
submerso na água do cais;
u
Utilização de equipamentos de
nossa propriedade para ensaios
“in loco”
(equipamentos
sofisticados e de alto custo),
sujeitando-os a danos por conta da
proximidade da água marinha;
u
Dificuldade de encontrar no
mercado equipamentos de apoio
à inspeção e execução de obras,
passíveis de operação com ar
comprimido, ou hidráulicos,
uma vez que não são permitidos
(por motivos de segurança)
equipamentos movidos à
eletricidade em obras marinhas;
u
Dificuldade para encontrar o
equipamento e também de utilizar
o hidrojato para limpeza das
estacas, com pressões suficientes
para esse trabalho, uma vez que
a utilização de materiais abrasivos
é proibida, pois existe o risco de
contaminação do leito marinho;
u
Na parte submersa, existe
uma lacuna muito significativa
relacionada à enorme dificuldade
de encontrar mergulhadores bem
treinados e com capacidade de
analisar tecnicamente as inspeções
submersas e, posteriormente,
as obras de reparo - em várias
oportunidades, principalmente no
início de nossas atividades nesse
segmento, foram meus próprios
filhos, Tiago e Thomas Carmona
(ambos habilitados em mergulho
profissional), que “submergiram”
para avaliar e fiscalizar o trabalho
abaixo da superfície; atualmente há
equipes de profissionais treinados e
capacitados sob a nossa tutela.
Os materiais que, em geral, são
utilizados nesses trabalhos são:
u
Massas epoxídicas compatíveis
com altas
umidades e
para utilização
submersa;
u
Grautes e
microconcretos
de alta
resistência e
compacidade,
com aditivos
que permitem
a sua utilização
abaixo do
nível da água,
sem que haja prejuízo de suas
características ou aparecimento
de vazios;
u
Argamassas de alta resistência e
compacidade;
u
Tintas e
“primers”
de base epóxi,
compatíveis com umidade;
u
Ânodos de sacrifício para aumento
da vida útil estrutural, uma vez que
essas estruturas permanecerão
expostas a um meio ambiente de
altíssima agressividade.
IBRACON
– E
m
alguns
casos
,
o
usuário
precisa
alterar
o
uso
previsto
no
projeto
original
,
o
que
leva
à
necessidade
de
reabilitação
da
estrutura
,
não
propriamente
reforço
.
S
ão
comuns
exemplos
desse
tipo
de
trabalho
?
A
ntonio
C
armona
F
ilho
– A mudança
de uso previsto, em geral leva a um
reforço estrutural, pois a mudança
na distribuição de espaços e
redistribuição de cargas não previstas
Danos severos por corrosão de armaduras, incluindo
o secionamento das barras, em pier de atracação
HÁ DIFICULDADE DE ENCONTRAR NOMERCADO EQUIPAMENTOS DE APOIO
À INSPEÇÃO E EXECUÇÃO DE OBRAS, PASSÍVEIS DE OPERAÇÃO COMAR
COMPRIMIDO, OU HIDRÁULICOS, UMA VEZ QUE NÃO SÃO PERMITIDOS
EQUIPAMENTOS MOVIDOS À ELETRICIDADE EMOBRAS MARINHAS
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