Revista Concreto & Construções - edição 82 - page 20

20 | CONCRETO & Construções
aumentaria o risco no desempenho
das estruturas ou de acidentes
estruturais.
O mais comum são obras que
ficaram semiconstruídas, ou prontas
e abandonadas, sem manutenção
durante anos por motivos diversos.
Por terem permanecido expostas às
intempéries ou ambientes agressivos,
existirá a necessidade de reabilitação,
ao optar-se pela reativação. Nesse
momento, haverá a necessidade
de tornar as estruturas novamente
utilizáveis e “zelar” pela garantia da
vida útil prevista no projeto original.
No âmbito da indústria, é muito
comum a troca de tecnologia, compra
de equipamentos de maior capacidade
e, consequentemente, a necessidade
de reforços e alterações estruturais.
IBRACON
– O
que
falta
para
o
B
rasil
avançar
numa
normatização
própria
para
os
ensaios
de
diagnóstico
das manifestações
patológicas
e
para
os
procedimentos
adequados
de
recuperação
de
estruturas
de
concreto
? Q
ual
sua
opinião
sobre
a
ABNT NBR 7680:2015 – “C
oncreto
-
E
xtração
,
preparo
,
ensaio
e
análise
de
testemunhos
de
estruturas
de
concreto
”? E
la
atingiu
seus
objetivos
ou
foi
um
primeiro
passo
a
ser
continuado
?
A
ntonio
C
armona
F
ilho
– Alguma
coisa de normatização básica já se
fez em termos de ensaios básicos,
principalmente os ensaios não
destrutivos, mas temos ainda muito
a avançar nessa área. O que se faz
necessário é que os especialistas
dediquem parte de seu tempo
para levar adiante esse trabalho
e que os órgãos de normatização
e os fabricantes de materiais e
equipamentos específicos forneçam
incentivos a essas iniciativas muito
importantes, para que as metodologias
e ensaios sejam melhores definidos
quanto à sua utilização.
Acredito que, neste momento, a ABNT
NBR 7680:2015 atingiu perfeitamente
as necessidades
e tem maturidade
para a finalidade
a que se propõe.
No entanto, não
resta dúvida de
que as normas
são dinâmicas
e as revisões
e atualizações
representação
uma constante
necessidade,
pois o desenvolvimento tecnológico
assim o exige.
IBRACON
– A
lém
de
ter
sido
professor
da
disciplina
de
patologia
na
F
undação
A
rmando
A
lvares
P
enteado
,
na
E
scola
P
olitécnica
e
na
U
niversidade
A
nhembi
M
orumbi
,
você ministrou
cursos
sobre
a
área
para
associações
profissionais
e
empresas
. C
omo
você
avalia
o
ensino
de
graduação
no
que
diz
respeito
a
técnicas
para
evitar manifestações
patológicas
nas
estruturas
de
concreto
? V
ocê
acha
necessária
uma
disciplina
sobre
o
assunto
,
ou
fica mesmo
para
uma
pós
-
graduação
? Q
ual
é
sua
avaliação
do
nível
de
conhecimento
sobre
patologia
e
recuperação
de
estruturas
dos
profissionais
do
setor
construtivo
brasileiro
?
A
ntonio
C
armona
F
ilho
– Vejo que a
universidade deve se preocupar em
orientar e aprimorar as questões de
garantia da qualidade das construções
em suas grades curriculares e em
fomentar no estudante o senso de
responsabilidade, para que ele deixe a
Universidade com o espírito combativo
e responsável. Isto é, pronto para
não aceitar a realização de obras de
má qualidade pela simples imposição
de contratantes inescrupulosos,
cuja única preocupação é manter
prazos e custos baixos, sem a devida
preocupação com a qualidade, com
a estética e com a durabilidade das
construções.
Tanto nos cursos e nas palestras que
temos oportunidade de ministrar,
POR TEREM PERMANECIDO EXPOSTAS ÀS
INTEMPÉRIES OU AMBIENTES AGRESSIVOS,
EXISTIRÁ A NECESSIDADE DE REABILITAÇÃO,
AO OPTAR-SE PELA REATIVAÇÃO
Trabalhos de recuperação e reforço em estrutura de acostagem
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