Revista Concreto & Construções - edição 86 - page 43

CONCRETO & Construções | Ed. 86 | Abr – Jun • 2017 | 43
da parede do colarinho passou a
ser de no mínimo 15 cm e a espes-
sura da fundação abaixo da base
do pilar de no mínimo 20 cm. No
caso de interfaces lisas ou rugosas,
a ancoragem da armadura longitu-
dinal do pilar deve ser determinada
considerando seu início a uma dis-
tância de metade do comprimento
de embutimento do pilar do topo
do cálice. No caso de interfaces
com chaves de cisalhamento, as
ancoragens da armadura longitudi-
nal do pilar e vertical do cálice de-
vem atender à condição de emenda
por transpasse.
3.7 Montagem
A seção destinada à monta-
gem de elementos pré-moldados,
antes abordada em poucas li-
nhas, foi reformulada e ampliada
com o acréscimo de conteúdo.
A ABCIC liderou um grupo que
trabalhou com fabricantes, ava-
liando as melhores práticas de
produção, montagem e controle de
qualidade. Esse grupo foi coordena-
do por Íria Doniak, presidente exe-
cutiva da ABCIC. Foram utilizados
como referência procedimentos
de empresas certificadas no Selo
de Excelência ABCIC, programa
introduzido no setor desde 2003,
através do qual as empresas são
avaliadas periodicamente em audi-
torias de terceira parte pelo IFBQ
(Instituto Falcão Bauer da Qualida-
de), que disponibilizaram as infor-
mações para debate. Neste contex-
to é importante destacar o lema da
entidade de que a padronização é a
base do desenvolvimento sustentá-
vel do setor. A evolução das empre-
sas é nítida pós implementação do
programa em 2003, proporcionan-
do importante grau de maturidade
para o debate e “
feedback
” para a
normalização. O manual do PCI[4],
dedicado a montagem, também foi
uma importante referência na ela-
boração do texto.
Nessa seção ficou estabelecida
a importância e responsabilidade
técnica do engenheiro de monta-
gem, que deve orientar e supervi-
sionar os itens relacionados à mon-
tagem dos elementos. A Seção foi
dividida em seis subseções, con-
forme Tabela 5, que contempla um
resumo dos pontos abordados.
3.8 Materiais
Esse grupo de trabalho contou
com a contribuição do professor
Paulo Helene, da POLI/USP, que
avaliou de forma amostral as práticas
atuais e procedimentos de Controle
Tecnológico de Concreto adotadas
pelo setor, em laboratórios instala-
dos em unidades fabris, certificadas
no Selo de Excelência ABCIC e revi-
sou o texto pertinente relacionado à
amostragem, critérios de aceitação e
desvio padrão do concreto. Foi abor-
dada também a utilização do concre-
to autoadensável, que é utilizado em
u
Tabela 5 – Pontos abordados na seção de montagem
Montagem de elementos pré-moldados
Subseções
Pontos abordados
Planejamento de
montagem
n
Avaliação das possíveis interferências no terreno, dos acessos externos
e internos;
n
Estabelecimento da sequência de montagem contemplando as condições
de acesso, equipamento utilizado, requisitos do cliente, avaliação das
ligações entre os elementos, estabilidade estrutural e cronograma da obra.
Procedimentos de
montagem
n
Instruções de montagem contemplando a sequência de montagem dos
elementos e execução de ligações provisórias e permanentes, tipo de
elemento, resistência do concreto para cada etapa;
n
Memórias de cálculo evidenciando a adequação dos equipamentos de
montagem e dispositivos auxiliares para a realização da obra, bem como
laudos da condição de uso e manutenção;
n
Plano de Rigging;
n
Aprovação do plano de montagem pelo projetista da obra em todas as
situações. Limitação do número de pavimentos montados sem solidarização
ou capeamento;
n
Atendimento as tolerâncias de montagem, desaprumo e instalação de
aparelho de apoio.
Carregamento
crítico
n
Análise das fases transitórias de desforma, manuseio interno, estocagem,
transporte, içamento e montagem;
n
Carregamentos adicionais durante a etapa de montagem.
Contraventamento
e apoios
n
Verificação dos apoios quanto à integridade e correto funcionamento;
n
Verificação dos contraventamentos, principalmente quando estas ligações
devem ser executadas antes do equipamento de montagem ser desmobilizado.
Calços para
nivelamento
n
Composição dos materiais de nivelamento;
n
Condições de utilização dos calços.
Escoramento
n
Importância do projeto de escoramento;
n
Situações transitórias de carregamento;
n
Duração e sequência do escoramento;
n
Montagem dos elementos do escoramento.
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