CONCRETO & Construções | 85
CON, desde o 54° Congresso Brasileiro
de Concreto, realizado em 2012, utiliza
a massa da amostra como índice de
pontuação para competição estudantil
denominada Concrebol, na qual os par-
ticipantes devem construir uma esfera
de concreto leve capaz de desenvolver
uma trajetória retilínea, com alta resis-
tência à compressão.
O presente trabalho é fruto de pes-
quisas e análises desenvolvidas para
participação dos autores neste concur-
so e visa descrever e detalhar o pro-
cedimento de execução das amostras
para competição.
2. CARACTERIZAÇÃO DOS
MATERIAIS UTILIZADOS
2.1 Cimento Portland
Foi utilizado o cimento Portland tipo
CPV ARI (alta resistência inicial), fabrica-
do pela Cimentos Planalto – CIPLAN,
por ser um cimento com menor teor de
adições inertes e minerais, e por ser mais
fino que outros produtos comerciais.
2.2 Cimento branco
O cimento branco Tolteca - composto
de silicatos, aluminatos e ferro aluminato,
gesso e cargas minerais - é fabricado pela
Cemex e distribuído no Brasil pela Aditex
Química. Segundo o fornecedor, pode
ser aplicado tanto em argamassas co-
lantes brancas quanto em pré-fabricados
de concreto, possui índice de brancura
superior a 90%, maior fidelidade às co-
res quando pigmentado, alta resistência,
desforma rápida e possibilita a redução de
custos empregados em insumos. Além
disso, apresenta classe de resistência de
52,5 MPa (com base na norma europeia
EN-197-1). É um cimento equivalente em
termos de resistência aos concorrentes
cinzas nacionais do tipo ARI
2.3 Sílica ativa
A sílica ativa utilizada foi fornecida
pela empresa Silmix, sendo um sub-
produto do processo de fabricação
do silício metálico ou do ferro-silício -
gás SiO, ao sair do forno, oxida-se,
formando o dióxido de silício (SiO
2
).
Segundo o fornecedor as característi-
cas físicas e químicas da sílica ativa uti-
lizada são: massa especifica de 2222
kg/m³; formato de partícula esférica;
diâmetro médio 0,2 μm; teor mínimo
de SiO
2
de 85%; e umidade máxima
de 3%. A sílica ativa é uma superpo-
zolana, com grande reatividade com o
hidróxido de cálcio, produto gerado na
hidratação do cimento. Este material
tambem produz C-S-H, como o gera-
do pelo clínquer, aumentando as resis-
tências do concreto e atua fisicamente,
como ponto de nucleação.. Com isso,
potencializa as reações, melhorando as
propriedades da mistura.
2.4 Pó de quartzo
O pó de quartzo utilizado foi forne-
cido pela Mineração Jundu. Segundo
o fornecedor o ensaio de composição
granulométrica mostrou que 90% dos
grãos da amostra tinham diâmetros
menores que 37,37μm, 50% possuíam
diâmetro menores que 10,80μm e 10%
apresentaram diâmetro menores que
1,33μm. Por ser um material fino, au-
menta a compacidade e empacotamen-
to do esqueleto granular, o que é benéfi-
co para misturas de alta resistência.
2.5 Agregado miúdo
Foi utilizada areia natural da região
de Palmas, doada pela Castelo Forte
Materiais para Construção, extraída do
Rio Tocantins pela Mineração Capital.
Suas características podem ser ob-
servadas na Tabela 4. Este material foi
seco em estufa após a extração; poste-
riormente, foi peneirado mecanicamen-
te, com separação em várias frações
granulométricas, lavado para retirada
dos materiais pulverulentos e seco em
estufa novamente. Para pontecializar
a resistência e o empacotamento do
esqueleto granular foi utilizado o méto-
do analítico de empacotamento de Al-
fred, apontado por Castro e Pandolfelli
(2015) como um dos mais utilizados.
2.6 EPS reciclado
O EPS utilizado foi recolhido dos
u
Tabela 4 – Características físicas da areia
Características físicas da areia
Massa específica (NBR NM 52:2009)
2660 kg/m³
Massa unitária (NBR NM 45:2006)
1,42 kg/m³
Dimensão máxima característica (NBR NM 248:2003)
4,8 mm
Classificação (NBR 7211:2009)
Areia média
Modulo de Finura (MF) (NBR NM 248:2003)
2,22