Revista Concreto & Construções - edição 85 - page 76

76 | CONCRETO & Construções
Verificou-se uma acentuada re-
dução da intensidade de resposta do
pulso de ultrassom, com valores de
energia entre 13,7db e 46,3 db, em
todas as porções da estaca no trecho
que compreende o topo da mesma até
aproximadamente 1,2 m de profun-
didade. Conforme já discutido, esse
comportamento está usualmente as-
sociado a falhas na aderência entre os
tubos de acesso e o concreto devido a
efeitos térmicos.
Nas demais profundidades obser-
varam-se heterogeneidades localiza-
das, as quais foram caracterizadas por
reduções de energia brandas, entre 6
db e 12 db, e atrasos na chegada do
pulso no receptor, com valores entre
17% e 23% para algumas diagonais.
A partir dos 30,0 m até o final dos
tubos de acesso foi verificada uma
nova redução acentuada na intensida-
de de resposta de energia, com valores
entre 10,8 db e 43,6 db, e atrasos na
chegada do pulso no receptor, com va-
lores de 29% a mais de 100% em to-
das as porções da estaca.
Os sinais oriundos do ensaio CSL re-
alizado na estaca E18 foram analisados
com o programa de tomografia Tomo-
Sonic (GeoTomo, 2003). O resultado é
apresentado na Figura 7, onde é possí-
vel identificar no perfil esquemático da
estaca algumas regiões do topo e da
ponta da mesma que apresentaram ve-
locidades de onda inferiores a 3000 m/s.
Ainda na Figura 7, são apresenta-
dos quatro cortes transversais realiza-
dos nas profundidades de 0,346 m,
1,814 m, 29,849 m e 31,471 m. As se-
ções transversais localizadas à 0,346
m e 31,471 m apresentam regiões
com concreto de menor velocidade
de propagação de onda, representa-
do 76% e 56% da seção, respectiva-
mente. Os demais cortes realizados
u
Figura 6
Ensaio CSL na estaca E18 para a diagonal 3-4 de um viaduto na cidade
de Curitiba (PR)
u
Figura 7
Cortes transversais oriundos da análise tomográfica para estaca E18
de um viaduto na cidade de Curitiba (PR)
1...,66,67,68,69,70,71,72,73,74,75 77,78,79,80,81,82,83,84,85,86,...100
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