Revista Concreto & Construções - edição 82 - page 55

CONCRETO & Construções | 55
3.1.3 R
eforço
de
viga
devido
à
retirada
de
pilares
Para manter o vão de 8m no local
onde deveria ter 5m, antes da reti-
rada de dois pilares, reforçou-se a
viga aumentando cerca de 50% da
sua área. O procedimento de reforço
encontra-se na Figura 5, incluindo o
preenchimento com
graute
da aber-
tura na laje (sulcos) com as armadu-
ras negativas posicionadas e o deta-
lhe de ancoragem no pilar devido ao
aumento da largura da viga.
3.2 Intervenções em pilares
3.2.1 R
eforço
em
pilares
Procedeu com o reforço dos pi-
lares que apresentavam armadura
aparentemente flambada. A Figura 6
apresenta as etapas de reforço, res-
saltando a importância da previsão
de janelas de, no máximo, 1,20 m,
para se evitar segregação do mate-
rial durante o seu lançamento.
O mesmo procedimento foi rea-
lizado para reforçar os pilares cujo
testemunho extraído obteve resistên-
cia à compressão inferior a 20MPa.
A resistência especificada para o
concreto aplicado no reforço foi de
50MPa.
3.2.2 F
echamento
de
óculo
de
extrações
Na Figura 7, de forma sucinta,
encontra-se o processo de preen-
chimento do óculo (furo) ocasionado
pela extração de testemunho, co-
nhecido como método
Dry-pack
, que
consiste em compactar camadas de
2cm de argamassa rica em cimento
(2:1). Esse método garante a aderên-
cia e o preenchimento completo do
óculo. A Figura 7 também apresenta
o procedimento de recuperação da
armadura principal cortada durante
a extração.
3.3 Intervenções em lajes
3.3.1 E
xecução
de
uma
nova
laje
Com o aumento da solicitação
dos equipamentos de ar condicio-
nado na cobertura, decidiu-se por
demolir parte da laje de vigotas pré-
-fabricadas e executar uma laje ma-
ciça de concreto com f
ck
= 30MPa,
reforçando as vigas de borda. Du-
rante a demolição, houve posicio-
namento de pneus e madeira para
diminuir o impacto da queda dos
resíduos de demolição. Ressalta-
-se nesse item a importância de se
escorar ao menos 2 dos pavimentos
inferiores, pois, mesmo que o con-
creto apresente 50 anos de idade,
a laje inferior não foi dimensionada
para resistir ao peso da laje superior,
somados aos impactos causados
durante a demolição.
3.3.2 R
eforço
de
borda
de
shaft
Para abertura de
shafts
, proce-
deu-se de maneira simples: após a
avaliação do posicionamento dos fu-
ros, indicou-se um procedimento de
reforço de borda de 5cm, dobrando
a armadura existente e adicionando
2 armaduras longitudinais ancoradas
quimicamente, preenchendo a borda
com graute.
u
Figura 7
Esquema do tratamento de óculos (furos) da extração de testemunho
Óculo (furo)
da extração
Sim
Não
Dry-pack
Recuperação seguindo
as seguintes etapas
Houve dano na
armadura principal?
1. Verificação do fundo do óculo da extração;
2. Limpeza e saturação (recomenda-se
utilizar um aspersor);
3. Pano para retirar excesso de água
e garantir limpeza da superfície;
4. Inserção da “bola” de argamassa (2:1,
10% de água em massa), cerca de 2 cm;
5. Inserção de Brita 0 lavada e “compactação”;
6. Repetir processo a cada 2 cm até
preenchimento completo do óculo;
7. Cura por aspersão de água.
1. Abertura do berço de reparo (todos os cantos
da abertura devem estar arredondados),
com 80 x 10 cm;
2. Limpeza e saturação do substrato;
3. Fechamento do óculo restante (dry-pack);
4. Posicionamento das armaduras, respeitando
o espaçamento de 1cm entre as armaduras,
2 cm do concreto e traspasse de 40 cm;
5. Saturação do substrato e posicionamento
da fôrma com cachimbo e;
6. Preenchimento com graute.
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