CONCRETO & Construções  |  59
        
        
          
            1. PRINCIPAIS FENÔMENOS
          
        
        
          
            PATOLÓGICOS E SEUS
          
        
        
          
            SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO
          
        
        
          Com base no anexo A da ABNT
        
        
          NBR13749:2013 (Revestimento de pa-
        
        
          redes e tetos de argamassas inorgâni-
        
        
          cas – Especificação) os principais fenô-
        
        
          menos patológicos nos revestimentos
        
        
          externos podem ser atribuídos a: fis-
        
        
          suras mapeadas, fissuras geométricas,
        
        
          vesículas, pulverulência, empolas pe-
        
        
          quenas, expansão e descolamento do
        
        
          revestimento, entre outros.
        
        
          
            1.1 Fissuras mapeadas
          
        
        
          Conforme a ABNT NBR 13749:2013
        
        
          (Revestimento de paredes e tetos de
        
        
          argamassas inorgânicas - Especifica-
        
        
          ção),
        
        
          
            “podem formar-se por retração
          
        
        
          
            da argamassa, por excesso de finos
          
        
        
          
            no traço, quer sejam de aglomeran-
          
        
        
          
            tes, quer sejam de finos no agregado,
          
        
        
          
            ou por excesso de desempenamento.
          
        
        
          
            Em geral, apresentam-se em forma de
          
        
        
          
            mapa ou teia de aranha”
          
        
        
          . As Fotos 3 e
        
        
          4 ilustram esse tipo de patologia.
        
        
          A retração ocorre quando o revesti-
        
        
          mento de argamassa perde a sua água
        
        
          de amassamento e hidratação rapida-
        
        
          mente, tanto para as bases quentes
        
        
          quanto para o meio ambiente, princi-
        
        
          palmente em fachadas que recebem
        
        
          muito sol e vento. A perda de água re-
        
        
          duz o volume da argamassa, que, por
        
        
          sua vez, se retrai, e, com a restrição
        
        
          do chapisco a esta retração, resulta
        
        
          em esforços de tração no corpo da
        
        
          argamassa, que associada à formação
        
        
          de capilares devido à rápida evapora-
        
        
          ção, rompe a argamassa, formando
        
        
          as fissuras.
        
        
          Os sistemas de recuperação de
        
        
          fissuras de retração são definidos em
        
        
          função do tipo de acabamento.
        
        
          1.1.1
        
        
          P
        
        
          ara
        
        
          acabamentos
        
        
          com
        
        
          pintura
        
        
          ou
        
        
          texturas
        
        
          acrílicas
        
        
          Nesse caso, o procedimento deve
        
        
          seguir:
        
        
          u
        
        
          A – Desbastar a textura ou pelí-
        
        
          cula de pintura existente ao longo
        
        
          das fissuras de abertura maior que
        
        
          0,5mm, numa faixa de 8cm para
        
        
          cada lado (Fig. 1), e por todo o seu
        
        
          comprimento;
        
        
          u
        
        
          B – Abrir rasgos com “abridor” de
        
        
          trincas do tipo “bico de papagaio”
        
        
          (Fig. 2), e limpeza posterior dos ras-
        
        
          gos com trinchas e água;
        
        
          u
        
        
          C – Preencher os rasgos com se-
        
        
          lante acrílico (ou argamassa colante
        
        
          ACIII) e aguardar cura (Fotos 5 e 6);
        
        
          u
        
        
          D – Aplicar as primeiras demãos
        
        
          de pintura acrílica impermeável
        
        
          para paredes à base de copolímero
        
        
          acrílico, em dispersão aquosa, for-
        
        
          mando uma película;
        
        
          u
        
        
          E – Em seguida, proceder com a
        
        
          bandagem com tela de nylon ou
        
        
          de polipropileno e aplicar quantas
        
        
          demãos cruzadas forem necessá-
        
        
          rias para cobrimento total da tela
        
        
          de nylon;
        
        
          u
        
        
          F – Aplicar por toda a fachada duas
        
        
          demãos cruzadas de pintura acrílica
        
        
          impermeável para paredes à base
        
        
          de copolímero acrílico, em disper-
        
        
          são aquosa, ou de acabamento final
        
        
          em textura acrílica com espessura
        
        
          mínima de 2mm, que pode ser
        
        
          u
        
        
          
            Foto 3
          
        
        
          Forma de “teia de aranha”
        
        
          u
        
        
          
            Foto 5
          
        
        
          Rasgos ao longo das fissuras
        
        
          u
        
        
          
            Foto 6
          
        
        
          Bandagem das fissuras
        
        
          u
        
        
          
            Foto 4
          
        
        
          Forma de “casca de tartaruga”