 
          CONCRETO & Construções  |  Ed. 94 |  Abr – Jun • 2019  |   95
        
        
          u
        
        
          
            Figura 7
          
        
        
          Amostras para o ensaio de resistência à compressão axial e ensaio de permeabilidade
        
        
          
            Fonte:
          
        
        
          acervo dos autores
        
        
          apresentava fissuração intensa (Via-
        
        
          duto Kitagashira), devido aos carrega-
        
        
          mentos repetitivos do tráfego médio
        
        
          diário de 40.000 caminhões, configu-
        
        
          rando 40% do tráfego total na Rota
        
        
          Nacional 23 no Japão (Fig.6).
        
        
          Foram extraídos testemunhos com
        
        
          Ø10 cm x 20 cm de altura do con-
        
        
          creto do pavimento em duas seções,
        
        
          uma com aplicação do catalisador
        
        
          cristalino e outra sem aplicação, para
        
        
          fins de comparação. Desses testemu-
        
        
          nhos, foram retiradas amostras para
        
        
          os ensaios de resistência à compres-
        
        
          são axial e ensaios de permeabilidade
        
        
          (Fig. 7).
        
        
          Os resultados do ensaio de resis-
        
        
          tência à compressão axial mostraram
        
        
          um aumento médio de 28% em rela-
        
        
          ção às amostras não tratadas, embo-
        
        
          ra não se julgue que a diferença seja
        
        
          resultado do efeito exclusivo do aditi-
        
        
          vo cristalino.
        
        
          Os resultados do ensaio de per-
        
        
          meabilidade está apresentado na Fig.
        
        
          8, na qual se verifica que o grupo das
        
        
          amostras tratadas com o catalisador
        
        
          cristalino apresenta um volume inicial
        
        
          mais baixo do que as amostras não
        
        
          tratadas. Nela também se verifica a
        
        
          a tendência à diminuição do volume
        
        
          de água passante das amostras trata-
        
        
          das, o que evidencia a sua capacida-
        
        
          de de autocicatrização.
        
        
          Foram retiradas amostras para mi-
        
        
          croscopia eletrônica de varredura (Fig.
        
        
          9), que gerou micrografias com uma
        
        
          ampliação de 1.000 vezes. Pode ser
        
        
          observado um crescimento de cristais
        
        
          de cimento nos vazios das fissuras
        
        
          das amostras tratadas com o catali-
        
        
          sador cristalino (Fig. 10A). Nas amos-
        
        
          tras não tratadas (Fig. 10B), apenas
        
        
          a parede do gel pode ser observada.
        
        
          
            6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
          
        
        
          Além das pesquisas recentes aqui
        
        
          relatadas que foram conduzidas no
        
        
          ITA/CTA, em São José dos Campos/
        
        
          SP, e das pesquisas no exterior tam-
        
        
          bém relatadas, atualmente, no Brasil, o
        
        
          grupo de pesquisa da NORIE/UFRGS
        
        
          vem desenvolvendo estudos sobre
        
        
          o fenômeno da autocicatrização em
        
        
          matrizes cimentícias desde 2005.
        
        
          u
        
        
          
            Figura 8
          
        
        
          A tendência à diminuição do
        
        
          volume de água passante das
        
        
          amostras tratadas evidenciou a
        
        
          capacidade de autocicatrização
        
        
          do aditivo cristalino de quarta
        
        
          
            Fonte:
          
        
        
          TAKAGI,
        
        
          
            et al.
          
        
        
          , 1996, p. 345
        
        
          u
        
        
          
            Figura 9
          
        
        
          Amostras para o ensaio de
        
        
          microscopia eletrônica de
        
        
          varredura (MEV)
        
        
          
            Fonte:
          
        
        
          acervo pessoal de Emilio Takagi
        
        
          u
        
        
          
            Figura 10
          
        
        
          Micrografias de cristais nas fissuras tratadas com o catalisador cristalino (A)
        
        
          e apenas a parede do gel nas amostras não tratadas (B)
        
        
          
            Fonte:
          
        
        
          TAKAGI,
        
        
          
            et al.
          
        
        
          , 1996