CONCRETO & Construções | Ed. 93 | Jan – Mar • 2019 | 83
daqueles publicados nas composições
do SINAPI, pois, nas publicações, a es-
tes dados “limpos”, foram adicionados
“acréscimos de RUP” (“deltas”) que
consideram tais perdas (que também
foram medidas nas obras estudadas).
As produtividades medidas mostra-
ram valores bastante diferentes para o
conjunto de casos, tendo-se calcula-
do RUPs indo de um valor mínimo de
0,20Hh/m² a um máximo de 2,49Hh/
m², tendo um valor mediano de 0,54Hh/
m². Tal grandeza da variação reforça a
afirmação, feita anteriormente, de que
é importante entenderem-se as razões
que fazem a produtividade variar para se
poder tomar melhores decisões visando
a eficiência do processo construtivo.
Os dados coletados abrangem,
ainda, “realizações” bastante distintas
quanto às variáveis (fatores) que se pre-
tende analisar. São 22 obras que estão
distribuídas pelas 3 regiões em estudo
(11 na região 1, 4 na região 2 e 7 na
região 3). A área característica (A ca-
rac) vai de um valor mínimo de 1,51m²
a um máximo de 28,42m², tendo por
valor mediano 8,43m². Mais que isso, a
Figura 5 reforça a curiosidade sobre a
influência deste fator na produtividade,
ao mostrar uma tendência de redução
da RUP com o aumento da área, levan-
do os autores a decidir explorar o fator
1/A carac.
Dentre os casos analisados, em 7
deles se deparou com a 1ª ou 2ª exe-
cução do jogo de fôrmas, sendo que
em outros 15 casos se avaliou a pro-
dutividade após ter-se repetido mais
vezes o uso do jogo de fôrmas, testan-
do o “efeito aprendizado”, muitas ve-
zes citado como grande influenciador
da produtividade.
5.2 PROCESSAMENTO
E ANÁLISE
Vai-se buscar explicar a variação
da produtividade, como já comentado,
com base no estudo do efeito dos se-
guintes fatores: a) região do Brasil; b)
área característica; e c) 1ª ou 2ª utiliza-
ção do jogo de fôrmas.
A Figura 6 apresenta, conjuntamen-
te, os gráficos de dispersão relativos
aos 3 fatores. Esta mostra a força da
1ª ou 2ª utilização (“pontos” em verme-
lho) e a tendência de aumento da RUP
com aumento de 1/A carac em todas
as regiões. Tem-se, ainda, uma per-
cepção visual de que os efeitos da 1ª
ou 2ª utilização e da área característica
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Figura 5
RUP equipe em função da área característica
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Figura 6
Análise conjunta dos fatores por meio de gráficos de dispersão
