84 | CONCRETO & Construções | Ed. 93 | Jan – Mar • 2019
acontecem semelhantemente nas regi-
ões 1, 2 e 3, apontando um provável
efeito não relevante de tais regiões (ou,
em outras palavras, do fator regional).
Fez-se uso de regressão linear para
explorar de maneira mais consistente
a relevância ou não das variáveis em
estudo. Tendo por variável dependen-
te a RUP da equipe, estudaram-se as
variáveis de interesse com as seguintes
abordagens:
u
Área característica com a consi-
deração da variável quantitativa
1/A carac.;
u
1ª ou 2ª utilização como uma variável
qualitativa (1 significa que se trata de
um caso de 1ª ou 2ª utilização do jogo
de fôrmas; zero significa o oposto,
isto é, que se teria um caso com pelo
menos a 3ª utilização de um mesmo
jogo de fôrmas sendo avaliada);
u
O fator regional foi representado
com 2 variáveis qualitativas: ser ou
não da região 1 e ser ou não da re-
gião 2 (no caso de “zeros” para as
2 variáveis citadas, significaria ocor-
rência de caso na região 3).
Indica-se, na Figura 7, o resultado
da regressão linear rodada no progra-
ma Minitab.
Pode-se concluir, através dos “va-
lor-p”, e assumindo-se que variáveis
relevantes devam ter realizações deste
indicador menores que 0,05, que o fa-
tor regional não é uma variável relevan-
te, aparecendo como estatisticamente
significativas as variáveis 1/A carac e 1ª
ou 2ª utilização.
Eliminando-se, portanto, o fator regio-
nal, rodou-se uma nova regressão linear,
com resultados indicados na Figura 8.
Os resultados mostrados confir-
mam a relevância dos fatores 1/A carac
e 1ª ou 2ª utilização. A Figura 9 mostra
os efeitos de tais fatores, sem separa-
ção das regiões, permitindo a visuali-
zação gráfica do que foi mostrado pela
regressão linear.
6. CONCLUSÕES
Os dados e seu processamento, an-
teriormente apresentados, sugerem que
fatores ligados à concepção do serviço
e a sua implementação são bem mais
fortes que a localização geográfica da
obra. Foi assim que, estatisticamente,
viu-se uma relevância dos fatores liga-
dos ao tamanho dos pilares (avaliado
através da medição da sua área ca-
racterística) e do número de repetições
sucessivas de execução de ciclos de
fôrmas para estruturas de mesmo for-
mato (avaliando o efeito aprendizado em
fôrmas); e detectou-se uma não relevân-
cia do fator regional, que não conseguiu
ajudar na explicação da grande variação
detectada para a produtividade.
Portanto, nesta pesquisa, a hipótese
inicialmente aventada, quanto a se ter o
fator regional como um grande indutor
u
Figura 7
Análise de Regressão: variável dependente = RUP equipe; variáveis
independentes = 1/A carac; 1ª ou 2ª utilização; região 1?; região 2?
u
Figura 8
Análise de Regressão: variável dependente = RUPequipe (Hh/m²);
variáveis independentes = 1/A carac; 1ª ou 2ª utilização
