CONCRETO & Construções | Ed. 93 | Jan – Mar • 2019 | 85
da variação da produtividade, não foi
comprovada, levando à suposição alter-
nativa, qual seja, a de que o fator regio-
nal não seja importante para a determi-
nação da produtividade na construção.
Cabe observar que, por vezes,
uma determinada região, em função
da adoção de uma tipologia geométri-
ca específica para as estruturas e/ou o
uso de tecnologias menos avançadas,
apareça com produtividade pior que
outras regiões. Isto estaria claramente
em concordância com as discussões
feitas aqui, já que a razão do melhor ou
pior desempenho seriam tais caracte-
rísticas (estas sim costumam variar re-
gionalmente) e não a latitude/longitude
de um determinado local.
Cabe ressaltar a limitação do tra-
balho, que se concentrou no estudo
de um serviço específico (o de fôrmas
para estruturas de concreto) e num
único tipo de componente (pilares) da
estrutura, sendo que, portanto, não se
pode fazer generalizações do que foi
mostrado por este trabalho.
Os autores, no entanto, sentem-se
à vontade em sugerir que, em lugar
de atribuir uma melhor ou pior produ-
tividade às pessoas ou clima de uma
dada região, os gestores se concen-
trem em melhorar o produto concebi-
do, o processo adotado e a organiza-
ção do trabalho preconizada para os
serviços de Construção. Isto sim tem
grande potencial de levar a situações
de produtividade bastante melhorada
para as obras de execução de estrutu-
ras de concreto.
7. AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à Caixa Eco-
nômica Federal e à FDTE pela viabiliza-
ção das condições para a efetivação
da coleta e processamento dos dados
aqui utilizados.
u
Figura 9
RUPequipe em função dos fatores 1/A carac e 1ª ou 2ª utilização
[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931: Execução de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2004. 53 p.
[2] ___________________. NBR 15696: Fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto - Projeto, dimensionamento e procedimentos executivos. Rio de
Janeiro, 2009. 27 p.
[3] CHOY, F. Revisiting international comparisons of construction labour productivity. In: CIB World Building Congress 2016, Finlândia, Anais. Volume 4, p. 468-480.
[4] DAMIÃO, M.T.; NASCIMENTO, T.G.O.; SOUZA, U.E.L.; KATO, C.S. Variação da produtividade da mão-de-obra em função da tipologia adotada para a estrutura de
concreto armado. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 16, 2016, São Paulo, Anais, p. 3609 – 3621.
[5] MGI - McKINSEY GLOBAL INSTITUTE. Reinventing construction: a route to higher productivity. McKinsey & Company. 155 p. 2017.
[6] PIETLOCK, B.A. Developing location factors by factoring - as applied in architecture, engineering, procurement, and construction. AACE International Recommended
Practice No. 28R-03. 2006.
[7] SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índice da Construção Civil. Disponível em: <
/
sinapi/Paginas/default.aspx>. Acesso em 30 de janeiro de 2019.
[8] SOUZA, U. E. L. Método para a previsão da produtividade da mão-de-obra e do consumo unitário de materiais para os serviços de fôrmas, armação, concretagem,
alvenaria, revestimentos com argamassa, contrapiso, revestimentos com gesso e revestimentos cerâmicos. 2001. 280 p. Tese (Livre Docência) – Escola
Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
[9] SOUZA, U.E.L. Como aumentar a eficiência da mão-de-obra – manual de gestão da produtividade na construção civil. Pini, São Paulo, 100 p. 2006.
[10] SOUZA, U.E.L. ; MORASCO, F.G. ; RIBEIRO, G.N.B. . Manual básico de indicadores de produtividade na construção civil. Brasília, DF: CBIC, 2017. 92p.
[11] THOMAS, H. R. ; HORNER, M. W. ; ZAVSKI, I. ; SOUZA, U. E. L. . Procedures manual for collecting productivity and related data of labor intensive activities on
commercial construction projects: concrete formwork; steel reinforcement; masonry; structural steel. Pennsylvania: State College, Pennsylvania Transportation
Institute. CIB, 2000 (Publicação Técnica).
u
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S