CONCRETO & Construções  |  71
        
        
          Em outra inspeção realizada pelos
        
        
          autores, percebeu-se a existência de
        
        
          outros problemas não menos impor-
        
        
          tantes como ataques por bolor (Figura
        
        
          6), eflorescências (Figura 7) e manchas
        
        
          de umidade (Figura 8). Assim como na
        
        
          inspeção anterior, foram identificados
        
        
          vários pontos de corrosão conforme
        
        
          está representado na Figura 9. Um
        
        
          fato importante ainda sobre a laje do
        
        
          pavimento intermediário é que algu-
        
        
          mas vigas estavam com seus estribos
        
        
          rompidos como pode ser observado na
        
        
          Figura 10.
        
        
          
            2.5 Procedimentos e materiais
          
        
        
          
            utilizados na recuperação
          
        
        
          Nesse tópico, aborda-se a recupe-
        
        
          ração dos trechos de lajes e vigas de
        
        
          bordo localizadas na parte da circula-
        
        
          ção do pavimento intermediário. Porém
        
        
          vale destacar que todos os procedi-
        
        
          mentos se basearam com ensaios pré-
        
        
          vio e posterior tomada de decisões.
        
        
          2.5.1 R
        
        
          ecuperação
        
        
          de
        
        
          vigas
        
        
          de
        
        
          bordo
        
        
          As vigas que já apresentavam algum
        
        
          tipo de sintoma de corrosão tiveram
        
        
          como primeiro procedimento a retirada
        
        
          do concreto antigo presente no reco-
        
        
          brimento e em volta das armaduras, o
        
        
          qual, possivelmente, já estaria carbo-
        
        
          natado ou até contaminado com íons
        
        
          cloreto, de acordo com os ensaios de
        
        
          cloretos livres (UNI 7928,1978) e avalia-
        
        
          ção de profundidade de carbonatação
        
        
          (RILEM CPC-18, 1988). Para tal, foi uti-
        
        
          lizada uma furadeira de alto impacto.
        
        
          Para eliminar os produtos de cor-
        
        
          rosão, as barras foram limpas através
        
        
          de processo de jateamento de alta
        
        
          pressão com abrasivo. A retirada dos
        
        
          excessos de pó remanescente dessa
        
        
          operação foi feita com o uso de esco-
        
        
          va com cerdas de aço. Posteriormente
        
        
          foi utilizado água com baixa pressão
        
        
          variando entre 1200 a 1400 PSI. Não
        
        
          havendo, portanto, no trecho analisa-
        
        
          do, substituições de barras. Para recu-
        
        
          perar os estribos rompidos das vigas,
        
        
          utilizaram-se ferros com área de seção
        
        
          transversal equivalente às existentes
        
        
          em formato “U”, sendo os mesmos
        
        
          emendados nos dois pontos laterais
        
        
          da antiga barra, que também possui a
        
        
          mesma disposição geométrica. O pro-
        
        
          cesso de emendas foi feito com um
        
        
          material à base de epóxi, que forma
        
        
          uma massa que propicia a anexação
        
        
          da barra antiga à nova.
        
        
          Em seguida, foi aplicado sobre
        
        
          as armaduras um
        
        
          
            primer
          
        
        
          de natureza
        
        
          u
        
        
          
            Figura 5
          
        
        
          Corrosão de armaduras em vigas
        
        
          u
        
        
          
            Figura 6
          
        
        
          Pilar afetado por bolor
        
        
          u
        
        
          
            Figura 7
          
        
        
          Eflorescência
        
        
          u
        
        
          
            Figura 8
          
        
        
          Manchas de umidade em laje
        
        
          u
        
        
          
            Figura 9
          
        
        
          Corrosão de armaduras em laje
        
        
          da coberta
        
        
          u
        
        
          
            Figura 10
          
        
        
          Corrosão de armaduras em viga
        
        
          com estribo rompido