Revista Concreto & Construções - edição 92 - page 32

32 | CONCRETO & Construções | Ed. 93 | Jan – Mar • 2019
detecção das dificuldades existentes
no fluxo de informações durante a exe-
cução de empreendimentos. Essas di-
ficuldades se mostram desde a fase de
desenvolvimento dos projetos, já que
apenas parte das informações impor-
tantes para a obra são disponibilizadas
pelo projetista da estrutura, que forne-
ce, por padrão de trabalho, os dese-
nhos de formas e armações, deixando
de fornecer informações sobre índices
de consumos e quantitativos, que são
necessárias e importantes para a exe-
cução da obra. Essas dificuldades no
fluxo de informações se espalham por
todo o processo executivo da estrutu-
ra: revisões de projeto, especificação
e programação de materiais com for-
necedores, registro e manutenção da
documentação de qualidade da execu-
ção, controles tecnológicos, etc.
Assim, o sistema atua no sentido de
armazenar as informações necessárias
ao desenvolvimento da execução da es-
trutura, disponibilizando-as aos interes-
sados de maneira correta e no momento
adequado. Dessa forma, a construtora:
u
Tem todas as informações da produ-
ção das estruturas modeladas (
BIM
);
u
Planeja a execução das obras de
forma eficiente;
u
Acompanha a execução de todas
obras on-line e à distância;
u
Fica com tudo documentado
e rastreável;
u
Controla a qualidade de forma
mais precisa.
O GerPrE amplia a abrangência do
BIM, levando as informações do proje-
to estrutural diretamente para a obra,
disponibilizando informações adicionais
importantes, como índices e quanti-
tativos, promovendo a integração da
construtora com projetistas, laborató-
rio e fornecedores, e proporcionando
ferramentas para coleta e organização
dos dados de controle da qualidade.
5. A IMPORTÂNCIA DA
ORGANIZAÇÃO, INTEGRAÇÃO
E SIMPLIFICAÇÃO
DAS INFORMAÇÕES
A gestão da produção de estrutu-
ras de concreto, além do conhecimento
técnico, exige do engenheiro uma es-
pecial atenção ao fluxo das informa-
ções, que devem ser disponibilizadas
aos diversos participantes do processo
executivo, de forma clara, concisa e
nos momentos adequados. São diver-
sas interfaces, com entradas e saídas
de informações, durante todo o pro-
cesso de execução:
u
Projetista estrutural – a construtora
deve receber o projeto estrutural:
• No prazo adequado;
• Com todas as informações ne-
cessárias para a correta execução
(especificações e detalhamentos);
• Com controle eficiente das inevitá-
veis revisões que surgem no decor-
rer da execução.
u
Fornecedores
• Fornecimento da especificação
completa dos materiais a serem uti-
lizados nas diversas fases de obra;
• Formalização da programação de
entregas, para que atendam aos
cronogramas de execução;
• Controle do recebimento dos
materiais, certificando-se que as
especificações fornecidas foram
atendidas e evitando que a falta de
insumos prejudique o andamento
da obra.
u
Equipes de Obra
• Manutenção dos projetos atuali-
zados com sua última revisão;
• Prover as equipes com os insu-
mos necessários para cada fase da
execução da estrutura (pré-monta-
gem das armaduras, posicionamen-
to das fôrmas, montagem final das
armaduras e concretagem);
• Medição dos serviços executados.
u
Controle da Qualidade da Execução
• Estabelecer critérios de avaliação
da qualidade da execução;
• Disponibilizar ferramentas (plani-
lhas, softwares, etc.) que permitam
a coleta de dados das avaliações
efetuadas;
• Definir critérios de armazenamento
dos dados de controle da qualidade;
u
Figura 2
Complexidade do fluxo de informações na execução de uma estrutura
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