CONCRETO & Construções | Ed. 93 | Jan – Mar • 2019 | 29
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A DIGITALIZAÇÃO, QUE É O GRANDE MOTE DA TRANSFORMAÇÃO,
NÃO DEVE SER PENSADA COMO FUTURO. ELA ACONTECE AGORA E
SE DESENVOLVE EM ALTA VELOCIDADE, SENDO QUE IMPACTARÁ TODOS
OS SETORES RELACIONADOS, ESPECIALMENTE A INFRAESTRUTURA
“
“
Participei com a CBIC e SENAI de
um trabalho muito interessante:
oficinas que geraram um documento
com uma visão de futuro na
habitação daqui há 10 anos
1
.
Acredito que, com a velocidade em
que tudo acontece, especialmente
quando o tema é digitalização,
não precisamos chegar a 50 anos,
pois as transformações já estão
acontecendo em 10 anos. De
fato, muita coisa vai mudar. O que
precisamos é antever este futuro e
nos prepararmos como setor para
ele. É justamente este trabalho de
“
foresight
” que vem sendo conduzido
pela CBIC no âmbito da COMAT
(Comissão de Materiais, Tecnologia,
Qualidade e Produtividade). Esta
fase também vem acompanhada
de transformações na sociedade
e nos comportamentos, onde o
compartilhamento, como
“
co-working
” e “
co-living
”, já está
mudando conceitos no mercado e
trará impacto no desenvolvimento
das cidades e em sua infraestrutura.
Nossa visão e conceitos precisam
ser repensados a curto prazo,
pois, na velocidade em que tudo
ocorre, 10 anos já é um tempo
longo. Evidentemente que temos
dificuldade em absorver essa
mudança, especialmente quando
pensamos que, no Brasil, ainda
falta saneamento básico em muitas
regiões. É um paradoxo, com o qual
teremos que conviver e lidar, pois
não podemos perder este trem.
A digitalização, que é o grande mote
da transformação, não deve ser
pensada como futuro. Ela acontece
agora e se desenvolve em alta
velocidade, sendo que impactará
todos os setores relacionados,
especialmente a infraestrutura.
Consumiremos mais energia de
forma mais inteligente e soluções
precisam avançar. Startups de
impressão em concreto 3D já
vislumbram nosso mercado. A
tecnologia do concreto precisa
acompanhar esta evolução.
IBRACON
– C
omo
você
vê
a
atuação
do
IBRACON
em
termos
de
relações
institucionais
? E
ntende
que
o
IBRACON
poderia
estabelecer
novas
parcerias
e
interações
?
Í
ria
L
ícia
O
liva
D
oniak
– Sim,
é fundamental esta conexão.
Precisamos estar mais presentes
junto a arquitetos e construtoras,
pensando em termos de aplicação
do concreto. Um trabalho com
as entidades que representam os
grupos específicos é de fundamental
importância para o nosso
desenvolvimento. O que já fazemos
com alguns grupos precisa ser
estendido a outros. É um trabalho
que precisa ser permanentemente
desenvolvido, com planejamento,
foco e objetivos.
IBRACON
–
O
que
você
faz
em
seu
tempo
livre
,
como
hobbies
?
Í
ria
L
ícia
O
liva
D
oniak
– Em meu
tempo livre preciso estar com
minha família, que, depois de meu
relacionamento com Deus, é o meu
porto seguro. Minha residência oficial
é em Curitiba, mas passo a semana
aqui em São Paulo, já há 10 anos.
Minha filha, Lígia, engenheira civil
formada pelo Mackenzie em 2017,
também trabalha aqui e preciso
manter tudo funcionando lá e aqui.
Meu marido, Sérgio, também é
engenheiro civil e tem seu escritório
voltado à engenharia de estruturas
em Curitiba. Meu filho, Gabriel, estuda
Agronomia e Medicina Veterinária.
Temos uma rotina intensa durante
o ano, de maneira que tempo para
estar os quatro juntos é fundamental!
Gosto muito do litoral do Paraná e,
quando possível, passo um tempo
em Guaratuba, onde temos um
apartamento. Gosto muito de ler
estudar, sair com minha irmã mais
velha, conhecer novos lugares e visitar
museus, especialmente de arte, o que
tento fazer quando viajo, conciliando
o trabalho com um pouco de lazer.
Em especial, recomendo o museu
de arquitetura em Frankfurt,
que passa pela história e
desenvolvimento da tipologia das
construções. É um lugar que nos faz
refletir muito sobre a engenharia e
sua evolução.