62 | CONCRETO & Construções
prescreve métodos de ensaio para o
concreto no estado fresco, sendo as
partes 8 a 12 dessa Norma aplicáveis
ao CAA [4]. A Tabela 1 apresenta os
itens abordados pela norma europeia,
cujos ensaios têm correspondência
direta com os prescritos pela norma
brasileira, com exceção do ensaio de
resistência à segregação pelo método
da peneira - a norma brasileira utiliza
o método da coluna de segregação.
Cumpre mencionar que todas essas
normas foram publicadas em 2010 e a
Norma Brasileira já passa por revisão.
Na Europa, os requisitos de recebi-
mento do concreto autoadensável no
estado fresco são estabelecidos pela
EN 206 (
Concrete – specification, per-
formance, production and conformity
),
apesar de não tratar exclusivamente
sobre o CAA. Vale mencionar que a EN
206 corresponde à ABNT NBR 12655,
que trata das operações de preparo,
controle, recebimento e aceitação do
concreto.
Historicamente deve ser registrada
a criação da EN 206-9, em 2009, com
requisitos específicos para o CAA, ten-
do sido incorporada à EN 206 na sua
última revisão, em 2013.
2.2 Normas americanas (ASTM)
Quando o CAA começou a ser
estudado e empregado nos Estados
Unidos, formaram-se diversos grupos
de estudo e discussão para o desen-
volvimento de normas e outros docu-
mentos que padronizassem e esta-
belecessem regras para seu uso. Os
resultados oferecidos por esses grupos
foram publicados por entidades como
a
American Society for Testing and Ma-
terials
(ASTM)
, o
American Concrete
Institute (ACI)
e a
International Union of
Laboratories and Experts in Construc-
tion Materials, Systems and Structures
(RILEM)
. Na Tabela 2 são apresenta-
dos os principais itens abordados pe-
las normas norte-americanas editadas
pela ASTM sobre o CAA e sua relação
com a ABNT NBR 15823.
A primeira versão de algumas das
normas americanas data de 2010,
sendo que todas já passaram por uma
ou duas revisões. Verificam-se seme-
lhanças em três dos ensaios prescri-
tos pela norma brasileira, sendo estas
o
slump-flow
, o anel J e a coluna de
segregação. No entanto a ASTM traz,
adicionalmente, um método rápido
para avaliação da resistência à segre-
gação através do teste de penetração
e a determinação do Índice de Estabi-
lidade Visual (IEV) [5, 6 e 7]. Estes mé-
todos apresentam maior facilidade de
u
Tabela 2 – Itens abordados por normas norte-americana sobre CAA e sua relação com a ABNT NBR 15823
Norma técnica
Assuntos abordados
Norma técnica brasileira correspondente
ASTM C1610/C1610M-14
2
Standard Test Method for Static Segregation
of Self-Consolidating Concrete Using Column
Technique
Determinação da resistência à segregação
pelo método da coluna
ABNT NBR 15823-6:2010
Concreto auto-adensável
Parte 6: Determinação da resistência à
segregação – Método da coluna de segregação
ASTM C1611/C1611M-14
Standard Test Method for Slump Flow of Self-
-Consolidating Concrete
Determinação do espalhamento e do t500
pelo método do cone de Abrams e do Índice
de Estabilidade Visual (IEV). A nova versão da
Norma Brasileira incorporou o IEV.
ABNT NBR 15823-2:2010
Concreto auto-adensável. Parte 2: Determinação
do espalhamento e do tempo de escoamento –
Método do cone de Abrams
ASTM C1712 -14
Standard Test Method for Rapid Assessment of
Static Segregation Resistance of Self-Consolida-
ting Concrete Using Penetration Test
Determinação da resistência à segregação
pelo teste rápido de penetração
Não há similar brasileira
ASTM C1758/C1758M-15
Standard Practice for Fabricating Test Specimens
with Self-Consolidating Concrete
Moldagem de corpos de prova de CAA.
A ABNT NBR 5738:2015
Concreto – Procedimento para moldagem e cura
de corpos de prova, embora não seja específica
para o CAA, inclui requisitos para esse tipo de
concreto
ASTM C1621/C1621M-09b
Standard Test Method for Passing Ability of Self-
-Consolidating Concrete by J-Ring
Determinação da habilidade
passante pelo anel J
ABNT NBR 15823-3:2010
Concreto auto-adensável
Parte 3: Determinação da habilidade passante –
Método do anel J
2
N
o
caso
das
N
ormas
ASTM,
o
ano
de
publicação
é
informado
pelos
dois
últimos
algarismos
e
grafado
após
o
número
da
norma
,
separado
deste
por
hífen
. N
o
caso
das
normas
brasileiras
e
europeias
,
a
identificação
do
ano
de
publicação
é
dada
com
quatro
algarismos
,
após
o
número
da
norma
e
separado
deste
por
dois
pontos
.