CONCRETO & Construções | 65
u
Figura 5
Coluna de segregação
Fonte:
ABNT NBR 15823 – Parte 6
são bastante difundidos no meio técni-
co internacional, sendo indicados em
normas de outros países e utilizados
em inúmeros trabalhos acadêmicos.
O IEV foi inserido na parte 2 do pro-
jeto de revisão. Esse ensaio tem como
principal objetivo avaliar visualmente a
capacidade de fluidez e a possibilidade
de segregação do CAA, pela aparên-
cia do concreto imediatamente após
a retirada do molde tronco-cônico, no
ensaio de espalhamento. A concentra-
ção (ou não) de agregados no centro
do círculo formado pelo concreto e a
presença (ou não) de borda nesse cír-
culo (exsudação) dão indicações inte-
ressantes sobre o CAA. O IEV classifica
o concreto em 4 níveis que variam de 0
a 3, como se pode observar na Figura
6. Sendo o nível 3 (segregação aparen-
te) não aplicável.
O método da caixa U aparece na
nova versão da parte 4 e tem como
objetivo a avaliação da habilidade pas-
sante do CAA em fluxo confinado. A
caixa U, como o próprio nome sugere,
consiste em dois compartimentos no
formato de um “U”, separado por uma
comporta e barras metálicas. As dimen-
sões e a geometria desse equipamento
podem ser observadas na Figura 7.
A caixa U avalia particularmente a
capacidade do CAA de escoar e ascen-
der. Essa é uma análise importante para
estruturas da complexidade das vigas
calhas pré-fabricadas. Nesses elemen-
tos, para evitar o aprisionamento de ar,
o concreto deve ser lançado a partir de
uma das abas da fôrma, precisa ter a
capacidade preencher todos os espa-
ços, atingir o nível do miolo negativo de
conformação da calha e autonivelar-se
até o topo da aba paralela [8].
O método da peneira, por sua vez, é
um ensaio que tem por objetivo avaliar
a resistência à segregação estática do
CAA, por isso esse ensaio será inserido
na parte 6. A Figura 8 mostra o aparato.
Os ensaios da Caixa U e da Pe-
neira são apresentados na revisão
da norma brasileira como anexos in-
formativos das respectivas partes já
citadas, e, dessa forma, não são obri-
gatórios, aparecendo como métodos
alternativos. A inserção desses pro-
cedimentos tem como objetivo obser-
var a resposta do meio técnico brasi-
leiro em relação à sua utilização para,
posteriormente, avaliar se devem ser
incluídos como obrigatórios em uma
próxima revisão da norma.
As alterações nas partes 2, 3 e 4 da
u
Figura 6
Classes do índice de estabilidade visual (IEV)
Fonte:
Projeto de revisão da ABNT NBR 15823 – Parte 2
Onde
IEV 0 – indica bom comportamento do concreto e ausência de segregação ou exsudação;
IEV 1 – indica leve exsudação do concreto, sem apresentar segregação;
IEV 2 – indica a existência de uma pequena auréola de argamassa e/ou empilhamento de agregados no
centro do círculo de concreto
IEV 3 – indica segregação do concreto, evidenciada pela concentração de agregados no centro do círculo
e/ou pela dispersão de argamassa nas extremidades
u
Figura 7
Caixa U – Perspectiva
Fonte:
Projeto de revisão da
ABNT NBR 15823 – Parte 4