Revista Concreto & Construções - edição 86 - page 17

CONCRETO & Construções | Ed. 86 | Abr – Jun • 2017 | 17
O PROFISSIONAL [ENVOLVIDO COM O CONTROLE TECNOLÓGICO]
RECEBE, ALÉM DE TREINAMENTOS EM CURSOS, AVALIAÇÃO
DAS RESPECTIVAS ATIVIDADES, TREINAMENTO EM RELAÇÃO À
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO, AO USO DE EPIs, ETC.
de elasticidade era superestimado.
Provavelmente a equação fora obtida
com base em resultados de ensaios
de concreto massa, usuais em
barragens (concretos com elevado teor
de agregado graúdo).
Durante o estudo da dosagem em
laboratório, com emprego de agregado
graúdo (brita 1 e 2) de origem
granítica, lançamento convencional
e abatimento de 80 ± 20 mm,
constatamos que, para atender os
parâmetros especificados, o concreto
não apresentaria trabalhabilidade
adequada aos elementos estruturais,
que possuíam armadura passiva e
de protensão, para lançamento e
adensamento do concreto (devido ao
teor elevado de agregado graúdo).
Após inúmeras reuniões técnicas, a
dosagem do concreto foi elaborada
com teor de argamassa mínimo
e necessário para o adequado
lançamento e adensamento.
Após a realização de ensaios de
resistência à compressão e módulo
de elasticidade, em 100 amostras de
concreto, a relação obtida foi
E = 17.000 x
2
fck
em kgf/cm².
Com relação à pouca realização dos
ensaios de módulo de elasticidade
devemos ter consciência de que
concretos de qualidade devem
atender às especificações técnicas
de projeto.
É de vital importância que seja
valorizado o projeto estrutural e que
as especificações técnicas sejam
devidamente analisadas e atendidas
pelo construtor. Após a escolha da
empresa de serviços de concretagem
que fornecerá o concreto à obra, as
dosagens devem ser previamente
verificadas com relação ao
atendimento às especificações
técnicas, inclusive determinação
do módulo de elasticidade e demais
características, antes do início
da obra.
IBRACON
– Q
uais
são
os
profissionais
responsáveis
por
realizar
esses
ensaios
em
cada
etapa
do
processo
construtivo
?
C
omo
é
a
hierarquia
dos
profissionais
que
trabalham
num
laboratório
de
controle
tecnológico
? C
omo
se
a
relação
entre
os
laboratórios
e
seus
clientes
em
termos
de
divisão
de
responsabilidades
?
R
oberto
J
osé
F
alcão
B
auer
– As
equipes que atuam em um laboratório
de controle tecnológico são
constituídas por pessoas de vários
níveis de formação e qualificação,
sempre supervisionadas por
engenheiro civil (Quadro 1).
O engenheiro civil deverá ter
experiência em tecnologia do concreto
nas áreas específicas, com atribuições
de programar, distribuir, coordenar e
fiscalizar os trabalhos executados no
campo e no laboratório.
Os colaboradores recebem instruções
a respeito de:
u
Quem vai fazer (responsáveis pelas
atividades);
u
O que deve ser feito (atividades a
serem executadas);
u
Quando deve ser feito (cronograma
das atividades);
u
Onde deve ser feito (locais das
atividades);
u
Por que deve ser feito (finalidade
das atividades);
u
Como deve ser feito (método,
materiais, máquinas, mão de
obra, metrologia, meio ambiente e
recursos);
u
Itens de verificação e controle
(listas de verificação, indicadores e
monitoramento);
O profissional recebe, além de
treinamento em cursos formais,
internos e externos, avaliação das
respectivas atividades, treinamento
em relação à saúde e segurança no
trabalho, ao uso de equipamentos
u
Quadro 1 – Profissionais de controle tecnológico do concreto
Áreas de trabalho
Coordenação Engenheiro Civil
Laboratório
Campo
Central de concreto
Laboratorista
Tecnologista
Tecnologista
Auxiliar de laboratorista
Auxiliar de tecnologista
Auxiliar de tecnologista
Moldador
Moldador
1...,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16 18,19,20,21,22,23,24,25,26,27,...100
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