Revista Concreto & Construções - edição 82 - page 95

CONCRETO & Construções | 95
Internacionais, que apoiam inovações e
promovem soluções para os desafios glo-
bais
(
.
htm
, 14.05.2016). Atualmente a ISO con-
ta com 240 Comitês Técnicos que atuam
nas mais variadas áreas, notadamente se-
tores industriais.
As Normas Internacionais ISO forne-
cem especificações de classe mundial
para produtos, serviços e sistemas, de
forma a garantir a qualidade, segurança e
eficiência, sendo fundamentais para facili-
tar o comércio internacional. Tais normas
caracterizam-se pela abrangência e clare-
za de diretrizes, de forma a possibilitar que
diferentes países possam adotá-las ou tê-
-las como base para o desenvolvimento
de suas respectivas Normas Nacionais.
3. O COMITÊ ISO/TC71
O ISO TC/71 –
Concrete, reinforced
concrete and pre-stressed concrete
tem
por objetivo o desenvolvimento de normas
técnicas para o material concreto e suas
aplicações, incluindo o projeto e a execu-
ção de estruturas de concreto simples, ar-
mado e protendido, de forma a assegurar
seu contínuo desenvolvimento, com qua-
lidade e baixo custo. O Comitê estabele-
ce também a terminologia internacional e
atua no desenvolvimento de métodos de
ensaios que facilitem o comércio e os tra-
balhos de pesquisa.
Com o propósito de disseminar o uso
correto do concreto, o ISO/TC71 leva em
conta normas nacionais e regionais de pa-
íses com expressivo desenvolvimento na
área, contando atualmente com 96 países
membros: 39 países “Participantes”, 56
países “Observadores” e “Secretariado”
(este último exercido pelos Estados Uni-
dos, através do
American National Stan-
dards Institute
, ANSI).
Brasil, ao lado de Estados Unidos,
China, Noruega, Japão, Canadá e Coréia
do Sul, participam ativamente do TC/71
e constituem a maior parte do mercado
mundial de concreto, aplicado em obras
civis de infraestrutura. Os mais importan-
tes grupos representados no ISO TC/71
são cientistas de materiais, com ênfase
na ciência do concreto, especialistas na
produção e manuseio do concreto, pro-
jetistas, contratantes, órgãos reguladores,
acadêmicos e representantes de diversos
órgãos de normalização técnica.
O ISO/TC 71 conta com sete Subco-
mitês ativos, como a seguir se relaciona:
u
SC 1 –
Test methods for concrete
(Métodos de ensaio para concreto);
u
SC 3 –
Concrete production and exe-
cution of concrete structures
(Produ-
ção de concreto e execução de estru-
turas de concreto);
u
SC 4 –
Performance requirements for
structural concrete
(Requisitos de de-
sempenho para concreto estrutural);
u
SC 5 –
Simplified design standard for
concrete structures
(Normas simplifi-
cadas para estruturas de concreto);
u
SC 6 –
Non-traditional reinforcing ma-
terials for concrete structures
(Mate-
riais não tradicionais para reforço de
estruturas de concreto);
u
SC 7 –
Maintenance and repair of con-
crete structures
(Manutenção e reparo
de estruturas de concreto); e
u
SC 8 –
Environmental management
for concrete and concrete structures
(Gestão ambiental do concreto e es-
truturas de concreto).
Uma das atribuições do SC 4 é a ma-
nutenção da Norma ISO 19338 – “Re-
quisitos de desempenho e de avaliação
de normas de projeto de concreto es-
trutural”, através de revisões periódicas
desse documento e a aplicação de tais
requisitos na certificação de documentos
nacionais e/ou regionais como de padrão
internacional. Na ISO 19338 estão defi-
nidos os requisitos que devem constar
das normas nacionais de projeto estrutu-
ral, tais como: materiais e seus impactos
ambientais, construtibilidade, custos, as-
pectos estéticos, integridade estrutural,
estados limites de segurança, utilização e
durabilidade, restaurabilidade, robustez,
integração ao meio ambiente e susten-
tabilidade. São tratados também os as-
pectos de resistência aos carregamentos
atuantes para cada tipo de uso, ao fogo,
fadiga, explosões, impacto, vento, sismo.
Destacam-se ainda os requisitos para
estados limites de serviço, que devem
ser atendidos durante toda a vida útil da
estrutura, como deformações, vibrações,
fissuração, bem como considerações
sobre a manutenção.
O SC 4 promove a avaliação dos
documentos dos países membros que
submetem suas normas nacionais perti-
nentes ao escopo do ISO TC 71, de forma
a verificar se tais documentos atendem
aos requisitos mencionados acima. Nes-
se processo, são escolhidos três países
membros “Participantes”, que serão res-
ponsáveis pela avaliação inicial do docu-
mento em questão através da emissão de
relatório. A indicação dos países membros
desse painel de revisores é feita em co-
mum acordo com o país que submete o
documento para apreciação. Os relatórios
do painel de revisores são apresentados
em reunião presencial dos membros do
SC4, que indicarão se o documento em
análise deverá seguir para consulta a to-
dos os membros do ISO/TC71 com direi-
to a voto (membros “Participantes”, como
é o caso do Brasil). São necessários ao
menos 75% dos votos favoráveis desses
países para que a Norma seja reconhecida
como documento de validade internacio-
nal e registrada no Anexo da ISO 19338.
4. A CERTIFICAÇÃO DA
ABNT NBR 6118:2014
Em 2007 a reunião plenária do ISO/
TC71 (e de seus subcomitês) foi realiza-
1...,85,86,87,88,89,90,91,92,93,94 96,97,98,99,100
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