Revista Concreto & Construções - edição 84 - page 79

CONCRETO & Construções | 79
Por outro lado, a variação de com-
primento de uma barra devida a um es-
forço axial N é dada na equação 5.
[5]
D
N.l
l
E.A
=
onde:
N: força no estai devido ao peso
próprio;
E: módulo de elasticidade do aço con-
siderado como 195000 GPa;
A: área da seção transversal do estai
considerada como 1,8.10
-5
m² para
uma cordoalha de
ϕ
15,2 mm.
Igualando-se as expressões (4) e
(5), obtém-se a equação 6.
[6]
N α. T
E.A
=D
Portanto, a variação de temperatu-
ra referente a uma força N é dada na
equação 7.
[7]
N T
α.E.A
=D
A Tabela 2 apresenta as variações
de temperatura necessárias para anu-
lar os deslocamentos verticais quando
o tabuleiro está submetido à carga de
peso próprio.
Ressalta-se que esses valores fo-
ram obtidos a partir da configuração
final da ponte. Quando se consideram
as etapas construtivas, obtêm-se des-
locamentos maiores em função da evo-
lução dos esforços.
Os resultados são apresentados
nas Figuras 16 a 21.
3.5 Modelo com mastro
deslocado (MCT – MD)
Para as mesmas condições des-
critas e com o modelo com cabos
tensionados, analisou-se a influência
da posição do mastro no comporta-
mento geral da estrutura. Inicialmente
buscou-se uma posição tal que o mo-
mento fletor na base devido à carga
permanente ficasse próximo de zero.
Uma vez que a maior tensão de tração
ocorre na face mais próxima ao tabu-
leiro, deslocou-se o mastro no sentido
de seu afastamento, de forma que o
desequilíbrio causado compense as
solicitações na seção.
Por outro lado, verificou-se que
a variação dos esforços quando da
existência ou não de sobrecarga aci-
dental é significativa. Dessa forma,
considerou-se ideal a configuração
que apresentasse menores diferen-
ças entre as diversas combinações
de carga, ou seja, valores de esforços
mais homogêneos. Em outras pala-
vas, o deslocamento ideal do mastro
é aquele em que as excentricidades
na base (e = M / V, sendo M o mo-
mento e V a cortante), tanto para car-
gas permanentes (g) quanto para car-
gas permanentes mais acidentais (g +
q), sejam minimizadas.
A Figura 22 esquematiza o caso.
Escolheu-se aqui a posição que re-
sultasse em |V*e(g)|
|V*e(g+q)|, con-
forme indicam as Figuras 28 e 29.
Em seguida, fez-se a análise dos
esforços no tabuleiro.
Para um deslocamento de 1,3 m,
u
Tabela 2 – Determinação de
temperaturas dos estais
Estai
N (kN)
Δ
T (°C)
1
376,77
910,09
2
541,92
1308,98
3
428,89
1035,97
4
321,51
776,60
5
276,98
669,05
6
321,51
776,60
7
428,89
1035,97
8
541,92
1308,98
9
376,77
910,09
u
Figura 16
Deslocamentos verticais no
tabuleiro devidos ao peso próprio
– modelo com temperatura
u
Figura 17
Momento fletor no tabuleiro
devido a cargas permanentes
e acidentais – modelo com
temperatura
u
Figura 18
Momento torsor no tabuleiro
devido a cargas permanentes
e acidentais – modelo com
temperatura
u
Figura 19
Esforço cortante no tabuleiro
devido a cargas permanentes
e acidentais – modelo com
temperatura
1...,69,70,71,72,73,74,75,76,77,78 80,81,82,83,84,85,86,87,88,89,...100
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