Congresso discute o futuro do concreto para a sustentabilidade
34 | CONCRETO & Construções
O
pesquisador Lambert Hou-
ben, da Universidade de
Tecnologia de Delft, na Ho-
landa, trouxe para os congressistas do
57º Congresso Brasileiro do Concreto
as pesquisas que vêm sendo feitas no
Laboratório de Micromecânica (Micro-
lab) daquela universidade, chefiada por
seu colega, Prof. Erik Schlangen.
O Microlab tem concentrado seus
testes na fratura do concreto em diver-
sas escalas, em nível macroscópico e
microscópico. Para entender o compor-
tamento da fratura do concreto e, prin-
cipalmente, para estudar meios para
controlá-la, o Laboratório tem realizado
testes em diversos tipos de concreto,
sendo o concreto dúctil reforçado com
fibras um deles. As fibras, de variados
tamanhos, formas e composições são
adicionadas ao concreto para principal-
mente reduzir a largura das fissuras no
material, mas também para aumentar
sua resistência e a energia necessária
para a fratura. Enquanto as microfibras
são usadas para impedir as microfis-
suras, mas fibras são aplicadas para
prevenir que as fissuras continuem se
alargando. Os estudos têm mostrado
que as fibras aumentam a capacidade
de impacto do material, sua resistência
à fratura, sua ductilidade e sua dura-
bilidade, esta justamente em razão de
impedir fissuras e diminuir as microfis-
suras. Em um dos testes realizados no
MIcrolab, foi avaliado o comportamento
estrutural de uma pasta de cimento do-
sada com diferentes percentagens de
nanotubos de carbono (CNT) em rela-
ção à massa. Os resultados mostram
um incremento significativo da car-
ga necessária para a fratura da pasta
(Figura 1).
O maior problema no uso de fi-
bras nos materiais cimentícios tem sido
obter uma distribuição uniforme e ho-
mogênea das fibras no material com o
u
57º CBC
Práticas inovadoras na
Europa relacionadas à
tecnologia do concreto
Prof. Lambert Houben em sua palestra no 57º CBC