Revista Concreto & Construções - edição 94 - page 7

CONCRETO & Construções | Ed. 94 | Abr – Jun • 2019 | 7
PERGUNTAS TÉCNICAS
A NBR 15961-2:2011
apresenta
a
fórmu
-
la
para calcular
a
resistência característi
-
ca
do
prisma
,
porém
existe
uma
divergência
na
interpretação
pelos
laboratórios
.
A
primeira
dúvida
é
referente
ao
uso
da
fór
-
mula
em
relação
à
amostragem
. O
item
8.2
cita
“P
ara
amostragem
menor
do
que
20
e
maior
do que
6
corpos
de
prova
,
a
resistên
-
cia característica
é o
valor calculado
atra
-
vés
da
fórmula
”. I
sso
também
é
válido
para
amostragem
igual
a
6
corpos de
prova
?
ANDRÉIA SILVA DOS SANTOS
P
lano
&P
lano
O texto da norma está imperfeito,
deve ser maior ou igual a 6 corpos
de prova.
A
segunda
dúvida
é
referente
a
fórmula
f
ek,1
. A
s
letras
i
destacadas
em
verde
re
-
presentam o mesmo
valor
do
“i”
destacado
em
vermelho
?
N
o
meu
entendimento
,
o
f
e(i-1)
representa
o
valor
do
f
e
da
penúltima
amostra
e o
f
e(i)
re
-
presenta o valor de
f
e
da última amostra
. J
á
o
denominador
é o
n/2 (
para
amostra
par
).
A
norma
de
concreto
NBR 12655
apre
-
senta
uma
fórmula
muito
semelhante
,
po
-
rém
está
claro
que
o
numerador
é
a
soma
das
forças
.
f
= 2 x
ck,est
...
f + f + + f
1
2
m-1
- f
m
m - 1
E
m
razão
disso
,
surgiu
a
dúvida
com
rela
-
ção
à
fórmula
da
NBR 15961-2:
se
deve
-
mos
somar
todos
os
f
e
’s
da
amostragem ou
apenas
3
valores de
f
e
de
forma crescente
?
Essa formulação foi proposta em “JA-
DRAQUE, Valentin Martin. Un estimador
de la resistência característica del hor-
migon. Revista de obras públicas Cole-
gio de Ingenieros de Caminos, Canales
y Puertos (España). 1971, n.3084”, para
ser utilizada quando não é conhecido o
desvio-padrão de determinada amostra
com menos de 20 exemplares. Tanto a
NBR 15961 quanto a
NBR 12655, têm essa
referência como base
para cálculo de valor
caraterístico de amos-
tra pequena. No caso
da norma de controle
de alvenaria, está im-
plícito a hipótese de
que a amostra tem
coeficiente de variação
igual a 20%. No traba-
lho de mestrado “CA-
NATO, Ricardo Luiz.
Considerações para o
controle tecnológico
de obras de Alvenaria
Estrutura. Dissertação
(Mestrado). PPG em
Estruturas e Constru-
ção Civil, UFSCar, 2015”, são checadas
várias amostras obtidas em controles
reais de edifícios na cidade de São Car-
los, sempre obtendo COV menores que
20%, indicando que a especificação de
norma está a favor da segurança.
Na formulação “f” não se trata de “For-
ça”, e sim da resistência obtida em cada
exemplar ensaiado. A notação em letra
minúscula é usual para indicar resis-
tência, enquanto letras maiúsculas são
usuais para indicar força. No caso “f
e
significa resistência (“f”) de cada exem-
plar (“e”), n é o número de exemplares,
“i” é igual a n/2 ou (n-1)/2. Exemplo de
aplicação na NBR 15961 é encontrado
em “PARSEKIAN, G. A.. Parâmetros
de projeto de alvenaria estrutural com
blocos de concreto. 1. ed. São Carlos:
EdUFSCar, 2012. v. 1. 85p”.
O
utra
dúvida
é
sobre
a
C
aracterização
P
révia
dos
materiais
,
prevista
na
NBR
15961. É
indicada
a
necessidade
de
ensaio
de
12
exemplares
de
prisma
. E
ssa
quanti
-
dade
considera
seis
exemplares
para
prova
e
seis
para contraprova
? N
a obra que
es
-
tamos
avaliando
existe
uma
parede
que
foi
inteiramente
grauteada
para
permitir
me
-
lhor
desempenho
no
isolamento
acústico
.
É
necessário
ensaiar
previamente
tanto
prismas
ocos
e
cheios
(
grauteados
)?
Na atual versão da norma é indicado o
ensaio de 12 prismas na caracterização
prévia, sendo essa quantidade para
prova (não inclui contraprova).
A indicação para controle de prismas
grauteados é para o caso no qual o pro-
jeto prevê aumento de resistência à com-
pressão da parede por grauteamento.
Esse detalhe usualmente leva ao grau-
teamento vertical de vários furos vazados
dos blocos ao longo da parede, muitas
u
converse com o ibracon
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