12 | CONCRETO & Construções | Ed. 92 | Out – Dez • 2018
PERGUNTAS TÉCNICAS
T
enho
algumas
dúvidas
relacionadas
à
ABNT NBR 15961-2 A
lvenaria
estrutu
-
ral
– B
loco
de
concreto
P
arte
2: E
xe
-
cução
e
controle
de
obras
,
referente
ao
item
8.3.3.1.1. A
definição
do
lote
é
considerada
por
edifício
? O
s
500
m
²
de
área
construída
no
mesmo
pavimento
são
considerados
por
edifício
? S
e
for
em
blo
-
cos
diferentes
,
como
deve
se
proceder
?
E
ssa
formação
de
lote
refere
-
se
ao
dia
?
O
u
seja
,
se
no
outro
dia
começar
a
fa
-
bricar
a
argamassa
de
levante
,
será
ou
-
tro
lote
? M
esmo
que
ainda
não
tem
sido
feito
os
500
m
²
de
área
construída
e
já
tenha
sido
executado
os
dois
pavimentos
?
N
o
item
terceiro
,
o
processo
de
preparo
refere
-
se
à
betonada
ou
à
metodologia
?
O
u
seja
,
fazendo
-
se
na
betoneira
esta
-
cionaria
,
esse
item
nunca
será
o
menor
?
E
m
dias
diferentes
,
considero
outro
pro
-
cesso
de
preparo
,
mesmo
sendo
seguida
mesma metodologia
?
OSMAR TANAJURA
E
ngenheiro
civil
,
gestor
da
filial
de
F
eira
de
S
antana
LCL
acrose
E
ngenharia
A ideia do controle de argamassa é
certificar o processo de produção, de-
vendo os resultados estar dentro da
tolerância. A alvenaria como um todo é
certificada pelo ensaio de prisma, que
prevalece sobre os demais. Entendo
que o controle segue essa lógica.
O controle é previsto por edifício, mes-
mo que existam vários blocos no mes-
mo empreendimento. Na versão atual
da norma, existe um procedimento
para casos de empreendimentos com
vários edifícios, no qual o controle de
prisma é minimizado, mas o de bloco,
graute e argamassa continua seme-
lhante ao do controle do prédio único.
Existe ainda uma Proposta de Revisão
de Norma na ABNT que deve entrar em
Consulta Nacional em breve. Essa traz
várias melhorias.
Sobre seus questionamentos:
É considerada por edifício? Sim, con-
trole de argamassa para cada prédio.
Os 500 m² de área construída no mes-
mo pavimento é considerado por edifí-
cio? Sim, considerado cada prédio.
Para o caso do limite de dois pavi-
mentos, se for em edifícios diferentes
como deve-se proceder? Para edifícios
entendo que sim: dois pavimentos do
mesmo edifício. Se for um conjunto de
casas, penso que se pode entender a
cada duas casas.
Essa formação de lote refere-se ao dia?
Ou seja, se no outro dia começar a fa-
bricar a argamassa de levante, será ou-
tro lote? Mesmo que ainda não tenha
sido feito 500 m² de área construída e já
tenha sido executado dois pavimentos?
Não, na versão atual, não há indicação
de dia, o lote pode ser composto por
produções em dias distintos, usando-
-se o bom senso de não serem datas
extensivamente longas (por exemplo,
se a obra parou por algum motivo, o
lote é renovado).
Referente ao item três, o processo
de preparo refere-se à betonada ou à
metodologia? Ou seja, fazendo na be-
toneira estacionária, esse item nunca
será o menor? Esse item refere-se ao
procedimento, que deve ser o mesmo.
Se mudar o cimento, areia ou cal, o lote
é renovado. Se trocar o tipo de equipa-
mento de mistura também, ou mesmo
se trocar a equipe de obra. Essa é a
linha de pensamento.
Referente ao item três, em dias diferen-
tes, considero outro processo de pre-
paro, mesmo sendo seguido mesma
metodologia? Se for todo o procedi-
mento igual, conforme item anterior, o
lote continua valendo.
GUILHERME PARSEKIAN – PRESIDENTE DO
COMITÊ EDITORIAL E COORDENADOR DA ABNT/CE
002:123.010 – COMISSÃO DE ESTUDO DE ALVENARIA
ESTRUTURAL
N
uma
reunião
de
norma
questionei
se
não
teria
alguma
outra
maneira
de
obter
a
resistência
do
prisma
cheio
,
em
termos
de
alguma
correlação
ou
algum
outro méto
-
do
de
ensaio
,
visto
que
estávamos
obtendo
alguns
resultados
muito
diferentes
dos
esperados
e
com
grande
variação
,
princi
-
palmente
para
blocos
de
alta
resistência
.
FABIANA CRISTIANA MAMEDE
P
edreira
de
F
reitas
Usualmente o problema de variação
nos resultados do ensaio de prisma
cheio está:
a) na especificação errada no proje-
tista do f
pk
(muito otimista, e neste
caso, incluímos tabela com valores
esperados no Projeto de Norma em
revisão, baseado em vários ensaios
realizados, incluindo uma disserta-
ção que testou, do mesmo fabri-
cante, desde 3 MPa a 30 MPa);
b) no uso de graute inadequado f
gk
(abaixo do indicado);
c) não seguir procedimentos executi-
vos adequados, como molhar antes
o vazado, fazer readensamento;
d) no laboratório, não realizar a prepa-
ração e ensaio corretamente (não
nivelar os prismas antes de realizar
o capeamento, não executar ca-
peamento corretamente).
e) em normas internacionais é possível
obter a resistência de prisma a partir
da resistência do bloco e do graute,
sem ensaio do prisma. O resultado
porém é muito conservador, inviável
para edifícios altos. Para pequenas
construções, a norma brasileira
atual já traz a indicação de quan-
do é possível prescindir do ensaio
de prisma e fazer apenas ensaio do
bloco e graute.
Temos feito ensaios para prédios de
São Carlos há vários anos e não temos
obtido problemas com os resultados.
GUILHERME PARSEKIAN – PRESIDENTE DO
COMITÊ EDITORIAL E COORDENADOR DA ABNT/CE
002:123.010 – COMISSÃO DE ESTUDO DE ALVENARIA
ESTRUTURAL
u
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