8 | CONCRETO & Construções | Ed. 87 | Jul – Set • 2017
CRF para além do setor de projeto. Nesse sentido, foram
estabelecidos os seguintes objetivos:
u
Desenvolver trabalhos técnicos visando auxiliar na Nor-
malização Brasileira sobre os três temas (reforço es-
trutural, armaduras não metálicas e concreto reforçado
com fibras);
u
Fortalecer a representação brasileira em trabalhos inter-
nacionais de normalização, especialmente no âmbito do
ISO/TC71/SC6;
u
Elaboração de Práticas Recomendadas para serem pu-
blicadas pelo IBRACON e pela ABECE, visando promo-
ver uma constante atualização técnica dos profissionais
da área de estruturas de concreto.
3. ATIVIDADES
Os GT1 e GT4 têm reuniões mensais que ocorrem em São
Paulo, na sede da ABECE, com possibilidade de participa-
ção virtual. Desde a sua implantação foram realizadas as
seguintes atividades:
u
Workshop Internacional IBRACON/ABECE “Concreto
Reforçado com Fibras”, realizado em abril de 2016,
onde foram discutidas questões sobre o assunto,
com presença de pesquisadores da Europa e América
do Sul;
u
Publicação da Prática Recomendada IBRACON/ABE-
CE “PROJETO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO RE-
FORÇADO COM FIBRAS”, em 2016, no 58º Congresso
Brasileiro do Concreto, em Belo Horizonte.
Estão em fase de finalização as seguintes Práticas Reco-
mendadas IBRACON/ABECE com previsão de publicação
em 2017:
u
CONTROLE DA QUALIDADE DO CONCRETO REFOR-
ÇADO COM FIBRAS;
u
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR FLEXÃO (limite de pro-
porcionalidade e residual) DO CONCRETO REFORÇA-
DO COM FIBRAS: Método de ensaio;
u
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR DUPLO PUNCIONA-
MENTO (fissuração, tenacidade e residual) DO CON-
CRETO REFORÇADO COM FIBRAS: Método de ensaio;
u
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FIBRAS (estado fresco)
DO CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS: Método
de ensaio;
u
MACROFIBRAS POLIMÉRICAS PARA CONCRETO
DESTINADO A APLICAÇÕES ESTRUTURAIS: Defini-
ções e especificações;
u
MACROFIBRAS DE VIDRO ÁLCALI RESISTENTES (AR)
PARA CONCRETO DESTINADO A APLICAÇÕES ES-
TRUTURAIS: Definições e especificações.
4. NORMALIZAÇÃO
Com o avanço tecnológico da utilização do CRF como
material estrutural, é de fundamental importância o apro-
fundamento de estudos no que concerne à terminologia,
requisitos, métodos de ensaio e procedimentos para pro-
jeto e execução. Nesse sentido, os trabalhos desenvolvi-
dos no CT 303 são um primeiro passo para a normaliza-
ção do CRF para aplicações estruturais. Dessa forma, O
CT 303 deve encerrar neste ano a publicação das práticas
recomendadas, iniciando em 2018 ações no sentido de
contribuir com a ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) por meio do CB18 (Comitê Brasileiro de Cimen-
to, Concreto e Agregados) e do CB2 (Comitê Brasileiro de
Construção Civil) na organização dos trabalhos de norma-
lização do CRF.
Cabe ressaltar que membros do CT 303 já participam na
Comissão de Estudos do CB28, que está tratando da al-
teração da norma ABNT NBR 15530 Fibras de aço para
concreto – Definições e especificações.
Dentro dessa perspectiva, espera-se que se tenha até o
final de 2018 um arcabouço de normas sobre o CRF que
possam colaborar na aplicação do CRF, com confiabilida-
de e segurança nas estruturas de concreto.
PROF. DR. MARCO ANTONIO CARNIO
C
oordenador
do
CT 303