Revista Concreto & Construções - edição 84 - page 96

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obtido por Takeya (2007) de deforma-
ções na armadura, como também as
deformações no concreto na região
do meio do vão da viga. Partindo do
Gráfico 3, verifica-se um comporta-
mento nos resultados bastante seme-
lhantes para as deformações nas bar-
ras de aço.
Em relação as deformações no con-
creto (Gráfico 4) verifica-se uma conver-
gência dos resultados numéricos em
comparação com os resultados experi-
mentais. Verifica-se também a abertura
da fissura no elemento 457, conforme
mostrado na Figura 10. Verifica-se, que
após a abertura da fissura, os elemen-
tos anteriores e posteriores não tiveram
mais variações nas suas deformações
com o aumento da carga.
A utilização do critério de fissuração
(MDFCS) para a simulação do concreto
traz bons resultados, conforme mostra-
do na Figura 10. Isto porque o compor-
tamento real da estrutura de concreto,
na ocorrência de fissuras, é acompa-
nhado com a perda de rigidez.
Partindo do Gráfico 5, observa-se
que a partir do instante da primeira fis-
sura no elemento 457, a armadura para
um passo de carga maior entrou em
escoamento.
Como já citado anteriormente, a
viga de concreto armado ensaiada por
Takeya (2007) foi dimensionada para
que a ruína ocorresse por escoamento
das barras de aço. Logo, verifica-se no
Gráfico 5 a confirmação desta hipótese.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho apresentou algumas
estratégias para a simulação de uma
viga de concreto armado. Foi verificado
que, para a viga em estudo, o mode-
lo numérico II com elemento de chapa
apresentou resultados mais próximos
dos resultados experimentais. Obser-
vou-se que, para o passo de carga de
abertura da primeira fissura, o modelo
numérico II provocou o escoamento da
armadura (elemento 457).
Portanto, a hipótese de considerar
o concreto armado como um material
homogêneo e com comportamento
elástico está longe de refletir o com-
portamento real de uma estrutura de
concreto armado. Isto porque a fissu-
ração provoca a diminuição da rigidez
da estrutura. Por fim, conclui-se que a
calibração de um modelo numérico por
resultados experimentais é fundamental
para a validação do modelo. Pode-se
afirmar que é a parte mais importante
na simulação numérica.
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Gráfico 3
Diagrama de deformação nas
barras de aço
u
Gráfico 4
Diagrama de deformação
no concreto
u
Figura 10
Viga na posição deslocada mostrado a fissura no elemento 457
u
Gráfico 5
Comportamento do aço após
abertura da primeira fissura
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