Revista Concreto & Construções - edição 83 - page 91

CONCRETO & Construções | 91
concreto), usado para análise da pas-
sivação das armaduras, foi realizado
conforme as recomendações da RILEM
(
CPC-18 – Measurement of hardened
concrete carbonation depth, 1988
).
Este ensaio foi executado em 5 pilares
de concreto armado presentes no pavi-
mento de garagem térrea (Figuras 5 e 6).
Os resultados são apresentados
na Tabela 1 e confirmam que todos os
pilares se encontram passivados (pro-
tegidos) no tocante à ação do gás car-
bônico, tendo em vista que o avanço
da profundidade de carbonatação foi
menor, em todos os casos estudados,
que o recobrimento da armadura. Vale
salientar que a quase totalidade das
amostras estudadas apresentou pro-
fundidade de carbonatação nula.
O ensaio de perfil de cloretos deter-
mina, em porcentagem, a concentração
de íons cloreto por massa de cimento. O
ensaio foi realizado conforme o método
da
ASTM C 1152 – Standard Method
For Acid-Soluble Chloride in Mortar and
Concrete, (2012)
– e sua execução está
apresentada na Figura 7.
Apesar dos valores encontrados
(Tabela 2) indicarem maiores concen-
trações de íons cloreto na região mais
interna quando comparada com a mais
externa, os dois casos estudados têm
concentrações significantemente abai-
xo do limite máximo encontrado na
literatura e recomendado por norma
ABNT NBR 12655 (2015) – Concreto
de cimento Portland – Preparo, con-
trole e recebimento, para estruturas
de concreto armado em condições de
exposição não severas (seco ou pro-
tegido de umidade nas condições de
serviço da estrutura). As regiões mais
profundas, próximas à armadura dos
dois pilares, apresentam menos da me-
tade da concentração de íons cloreto
totais em relação à massa de cimento
recomendados pela ABNT NBR 12655
(2015). Os resultados obtidos indicam
que para os elementos analisados por
amostragem, P13 e P17, a armadura
encontra-se passivada (protegida) no
tocante ao ataque por cloretos.
Para o ensaio de resistência à com-
pressão, foram extraídos 6 testemunhos
por amostragem das sapatas SP 10+11
e SP 15 e mais 6 das sapatas SP 14, 19,
20, obedecendo a norma ABNT NBR
7680 (2007) - Concreto: Extração, preparo
e ensaio de testemunhos de concreto. Os
testemunhos também passaram por uma
análise visual para avaliação do concreto
(Figuras 8 e 9). Os resultados obtidos são
apresentados na Tabela 3 comprovam
que a resistência à compressão obtida no
ensaio é muito superior ao Fck indicado
no projeto estrutural do edifício (25 Mpa).
2.4 Procedimento de recuperação
das sapatas
O procedimento de recupera-
ção das sapatas seguiu as etapas
constantes na Figura 10 e está descrito
nos subitens a seguir.
u
Figura 5
Detalhe do trecho do pilar 7 onde
foi realizado ensaio para avaliação
da profundidade de carbonatação
u
Figura 6
Detalhe do ensaio para avaliação
da profundidade de carbonatação
u
Tabela 1 – Profundidade de carbonatação do concreto
Peça ensaiada
Local
Orientação da
face
Recobrimento
da armadura
(mm)
Profundidade de
carbonatação
(mm)
Pilar 7
Térreo
Norte
23
11
Pilar 7
Térreo
Leste
24
10
Pilar 8
Térreo
Oeste
30
0
Pilar 8
Térreo
Norte
40
0
Pilar 18
Térreo
Leste
35
0
Pilar 18
Térreo
Sul
25
0
Pilar 20
Térreo
Norte
35
0
Pilar 20
Térreo
Oeste
30
0
Pilar 22
Térreo
Oeste
15
0
Pilar 22
Térreo
Sul
20
0
u
Figura 7
Furo realizado no pilar para coleta
de amostra para a determinação
do teor de cloretos
1...,81,82,83,84,85,86,87,88,89,90 92,93,94,95,96,97,98,99,100
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