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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 2
R. M. F. CANHA |
G. M. CAMPOS |
M. K. EL DEBS
A pressão
p
H
é calculada pela equação 13:
(13)
p
sc
p
tan
R H
b
=
sendo que:
p
β
: média dos ângulos de inclinação das bielas no lado tracionado.
sc
R
: Resultante de forças nas armaduras verticais
vst ,s
vp,s
A A.2
+
calculada pela equação 4.
No caso do lado tracionado do pilar, as bielas partem desde o fundo do
pilar, de forma que a distribuição triangular de pressões ocorre em toda
a base tracionada do pilar de comprimento
l
emb
, de forma que a pressão
no topo do pilar é metade da atuante no topo da parede posterior:
(14)
2
p
'
p
p sup
p sup
=
A resultante de pressão
p sup
H
no terço superior da parede
transversal posterior é aproximadamente igual à pressão
p
H
dis-
tribuída na metade superior dessa parede.
Tabela 1 – Resultados teóricos e experimentais da força na armadura A da parede
s,hpt
transversal frontal do cálice com interface rugosa de acordo com variação do ângulo
β
f
Modelo
físico
Modelo
de projeto
Ângulo
b
f
R (kN)
s,hpte
R (kN)
s,hpti
Teórico Experimental
Teórico
Experimental
IR-1
Flexo-
tração
45º
205,5
87,0
41,8
15,7
60º
118,6
24,1
Tração
45º
145,5
145,5
60º
84,0
84,0
IR-2
Flexo-
tração
45º
206,8
51,4
42,1
9,9
60º
119,4
24,3
Tração
45º
146,4
146,4
60º
84,5
84,5
IR-3
Flexo-
tração
45º
172,4
42,0
33,6
20,5
60º
99,5
19,4
Tração
45º
121,1
121,1
60º
69,9
69,9
IR-4
Flexo-
Tração
45º
208,2
54,9
25,2
4,2
60º
120,2
14,5
Tração
45º
137,3
137,3
60º
79,3
79,3
Através dos resultados experimentais, verificou-se que a parte su-
perior das paredes transversais frontal e posterior do cálice com in-
terfaces rugosas foram submetidas à flexo-tração, sendo a tração
predominante sobre a flexão. Esse comportamento à flexo-tração
foi constatado pelos resultados das deformações das armaduras e
pela configuração de fissuras nas paredes transversais. Portanto,
o modelo de projeto proposto apresentado na Figura 9, baseado
na investigação experimental, consiste em representar o topo das
paredes transversais por uma viga simplesmente apoiada, com a
distribuição de pressões aproximada em duas partes: uma pres-
são H
supf-f
e H
supp-f
que causa flexão na viga com uma distribuição
retangular, e em uma pressão H
supf-t
e H
supp-t
que é transmitida para
os apoios da viga com uma inclinação de ângulo θ=45º, valor mé-
dio das inclinações das fissuras dos protótipos ensaiados, cau-
sando tração na viga. O valor total da pressão superior na parede
frontal
f sup
H
e na parede posterior
p sup
H
é definido como a
soma das parcelas referentes à flexão e à tração.
Baseando-se nos resultados dos extensômetros, as porcentagens
adotadas para o caso de flexo-tração foram de 15% para as pres-
sões
f f sup
H
e
fp sup
H
e de 85% para as pressões
t f sup
H
e
tp sup
H
. Além desses percentuais, somente a atuação da força
de tração, em que
t f sup
f sup
H H
=
e , pode ser considerada.
Quanto aos valores dos ângulos médios da inclinação das bie-
las nas paredes, na referência de Canha et al. [10] é indicado o