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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 2
Design model and recommendations of column-foundation connection through socket with rough interfaces
trabalho. A Figura 8 mostra o modelo de comportamento da trans-
ferência de tensões do pilar para o cálice com interfaces rugosas,
aprimorado a partir de Canha et al. [10].
Nesse modelo, bielas de compressão aparecem no lado com-
primido (parede transversal frontal) por causa da transferên-
cia da resultante de compressão
c
R
do pilar para a parede
frontal, resultando em uma força
cc
R
no cálice de fundação.
Devido a essas bielas de compressão, uma pressão
f
H
age
na parede transversal frontal. Essa pressão assume o valor
máximo no topo da parede transversal frontal, devido as bie-
las com inclinação variável serem menos inclinadas em re-
lação ao eixo horizontal no topo dessa parede. Como essas
bielas são praticamente verticais próximas à base, a pressão
na base é nula.
Essa força
f
H
pode ser calculada pela equação 10:
(10)
f
cc
f
tan
R H
b
=
sendo que:
f
β
: média dos ângulos de inclinação das bielas no lado compri-
mido.
cc
R
: Resultante de compressão no cálice calculada pela expres-
são 5.
No lado comprimido do pilar, a distribuição de pressões é seme-
lhante à da parede frontal, de forma que as pressões no topo do
pilar e da parede frontal são iguais:
(11)
f sup
f sup
p '
p
=
A resultante de pressão
f sup
H
é igual à resultante do bloco trape-
zoidal das pressões no topo da parede transversal frontal, ou seja,
é uma parcela de
f
H
e é determinada pela equação 12:
(12)
f
f sup
H6,0 H
×
@
No lado tracionado (parede transversal posterior), a transmissão
por bielas de compressão da maior parte da força de tração
s
R
,
oriunda do pilar para a parede posterior, resulta na força de tração
sc
R
no cálice e em uma pressão
p
H
atuante na parede poste-
rior. Verifica-se que a pressão
p
H
é mais concentrada no topo da
parede, pois as bielas nessa região possuem menor inclinação em
relação ao eixo horizontal, e a base da parede transversal poste-
rior não transmite esforço.
Figura 9 – Modelo de projeto proposto para a parede frontal e posterior do cálice
com interface rugosa (Canha et al. [10]))
+
supp-f
V =
bf
H /2
supp-f
V =
af
H /2
H =
af
0
supp-f
H
int
b
int
b
c
+h
int
b
p =
supp
supp-t
V =
bt
H /2
supp-t
V =
at
H /2
H =
at
0
q
q
supp-t
H
2.sen
q
supp-t
H
2.sen
q
H =
at
0
supf-t
H
2.sen
supf-t
H
2.sen
q
supf-f
H
int
b
+
int
b
c
+
p =
h
int
b
q
q
supf-f
V =
af
H /2
supf-t
V =
bt
H /
2
supf-t
V =
at
H /
2
H =
af
0
q
supf
Planta da parede transversal frontal
Planta da parede transversal posterior
supf
p
supf
H
supp
p
supp
H
supf-f
V =
bf
H /2
~
~~