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IBRACON Structures and Materials Journal • 2012 • vol. 5 • nº 1
The influence of low temperature on the evolution of concrete strength
expressivo para os concretos curados a temperaturas inferiores,
chegando a resistência do concreto curado a 0°C aumentar cerca
de 1.600% entre o 1° e o 7° dia, contra um a ganho de 88% dos
curado a 25°C.
Na Tabela 6 observa-se a evolução da resistência a partir dos 14
até os 91 dias de cura. Ainda ilustra-se, na Figura 2, os resultados
em forma de gráfico, para melhor visualização.
No segundo período de cura se observa a aproximação dos re-
sultados a partir 7º dia, ocorrendo a inversão nos valores das re-
sistências a partir do 14º dia, com os concretos curados a tem-
peraturas inferiores apresentando melhores resultados do que os
curados a temperaturas superiores.
Aos 28 dias a relação de resistências com a idade anterior seguiu
a tendência de maior crescimento para as temperaturas mais bai-
xas. A variação de resistência nesta idade foi de 21,7 MPa para
a temperatura de 15º C, a 38,6 MPa para a temperatura de 0ºC,
contemplando uma redução de 43% no intervalo de 15º C, já para
o intervalo total de 25ºC a redução de foi de 30%, similares aos
resultados da bibliografia referenciada. Para a idade de 91 dias a
relação de resistências entre os concretos manteve a tendência,
com os curados a zero e 5° C apresentando os maiores valores
de resistência à compressão. Apresenta-se então a Tabela 7 com
todos os valores agrupados.
A Figura 3 mostra o comportamento em forma de gráfico, onde ob-
serva-se as maiores resistências à compressão para os concretos
curados em temperaturas elevadas nas primeiras idades, com a
inversão ocorrendo aos 14 dias, mostrando que a hidratação lenta
é uma vantagem ao longo do tempo para a estrutura de concreto.
Este comportamento fica evidenciado na Figura 4, que correlacio-
na a resistência à compressão, em MPa, no eixo ‘y’, com a tempe-
ratura de cura, em °C, no eixo ‘x’, para as idades de rompimento
das amostras. Observa-se que o comportamento dos resultados
a 1 dia é crescente, ou seja, quanto maior a temperatura de cura
maior a resistência à compressão nesta idade. Esta tendência no-
vamente é observada aos 7 dias, porém de forma mais suave.
Aos 14 dias a equação é praticamente linear, assim independente
da temperatura de cura a resistência à compressão é similar. En-
quanto que aos 28 e aos 91 dias o comportamento dos resultados
é decrescente, ou seja, a resistência à compressão dos concretos
é prejudicada pelo aumento da temperatura de cura.
Para todas as idades foram determinadas as equações de com-
portamento, expressas na Tabela 8. Os comportamentos descri-
tos podem ser analisados através das equações, pois o primeiro
número, que multiplica o ‘t’ (temperatura de cura) é positivo para
resultados crescentes, a 1 e 7 dias, próxima a zero aos 14 dias,
mostrando a linearidade, e negativo, quando os valores decres-
cem aos 28 e 91 dias. Ainda a parcela isolada da equação repre-
senta o valor que a reta intersecciona o eixo ‘y’, ou seja, a resistên-
cia à compressão quando curado a 0°C. Este valor é maior para
as temperaturas de cura que propiciaram as maiores resistências
à compressão e menor para as que atingiram os menores valores,
ou seja, maior para as temperaturas maiores.
4.2 Ensaio de determinação da resistência
à tração por compressão diametral de
corpos-de-prova cilíndricos
As apresentações dos resultados de resistência à tração aos 28
dias de cura estão expressos na Tabela 9. A Figura 5 ilustra a
equação de comportamento, relacionando a resistência à tração,
no eixo ‘y’, com a temperatura de cura em °C, no eixo ‘x’.
Observa-se que, novamente, os resultados aos 28 dias foram su-
periores aos concretos curados com temperaturas inferiores, ratifi-
cando o comportamento visto para as resistências à compressão.
A variação de resistência para a idade foi de 9,0 MPa para a tem-
Tabela 8 – Equações de comportamento relacionando
a resistência à compressão e a temperatura de cura
Propriedade Equação de comportamento
1 dia
fc = 0,4303*t + 1,6048
7 dias
fc = 1,1851*t + 18,986
14 dias
fc = -0,0503*t + 27,129
28 dias
fc = -0,4709*t + 36,819
91 dias
fc = -0,3857*t + 37,071
Tabela 9 – Resistência à tração aos 28 dias
Resistência à tração
Temperatura (°C)
28 dias (MPa)
25
9,0
20
10,5
15
10,0
10
10,8
5
11,3
0
13,2
Figura 5 – Resistência à tração aos 28 dias