Revista Concreto & Construções - edição 92 - page 33

CONCRETO & Construções | Ed. 92 | Out – Dez • 2018 | 33
& Construções
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sidade das partículas, por não conter agregados graúdos; e a
ductilidade do concreto reforçado com fibras, ao usar microfi-
bras. Com isso, o concreto atingiu os mais altos desempenhos
mecânicos, em termos de resistências à compressão, à tração,
à flexão, à fadiga, e em termos de módulos de elasticidade,
além de maior durabilidade.
Segundo Corvez, o mercado mundial do UHPC deve-
rá crescer oito vezes até 2025, com sua maior aplicação
em anéis de torres eólicas, em novas infraestruturas, em
reparação e retrofit, em estruturas resistentes a impactos e
explosões, e em impressão 3D.
O UHPC é uma inovação da engenharia, ao lado de
outros produtos inovadores de alto desempenho, que
tem contribuído para reduzir impactos ambientais do se-
tor construtivo, por meio da otimização da distribuição
de seus componentes, e do aumento da durabilidade
das estruturas de concreto. Este foi o tema da palestra
técnico-comercial do gerente de pesquisa e desenvolvi-
mento da Lafarge Holcim, Alexandre Navarro Cobb. Ele
também abordou a redução de CO
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no setor construtivo
por meio da substituição do clínquer por materiais cimen-
tícios suplementares e do desenvolvimento de novos ci-
mentos com menores impactos ambientais.
Rogério Venâncio, gerente técnico da GCP, apresentou
os aditivos da companhia para produção de concretos com
alta fluidez e com robustez operacional. O concreto com
alta fluidez possibilita aumento da produtividade na obra,
concreto convencional e autoadensável (adensamix) pela
companhia (estrutura de 175 m
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com pilares, vigas e lajes;
e fundação com elevada taxa de armação). Segundo ele, o
uso do concreto autoadensável não altera o custo do metro
quadrado e proporciona ganhos de qualidade e desempe-
nho (menor uso de mão de obra, menor tempo de execução
da estrutura, maior produtividade, menor consumo de ener-
gia, perfeito preenchimento da fôrma).
Coimbra comparou também as soluções em subso-
lo com presença de água usando concreto convencional
(com manta asfáltica e sistema de drenagem) e concreto
autocicatrizante (cristalmix com fita hidroexpansiva). Os re-
sultados indicaram a maior viabilidade econômica do sis-
tema de impermeabilização com concreto autocicatrizante,
com ganhos em manutenção preventiva e corretiva.
Dominique Corvez, diretor da Lafarge Holcim na América La-
tina, mostrou as origens do concreto de ultra autodesempenho
(UHPC), suas características, as técnicas para sua dosagem e
execução, suas aplicações nos últimos 20 anos e as tendências
futuras do material. Ele destacou como a tecnologia do concre-
to avançou no tempo, partindo de concretos convencionais na
década de 1950 com resistências à compressão variando de
20 MPa a 50 MPa e com fator água/cimento entre 0,5 a 0,7,
passando pelos concretos de alto desempenho na década de
1990, e chegando aos concretos de ultra autodesempenho a
partir de 2000, com resistências à compressão entre 150 MPa
e 250 MPa e fator água/cimento em torno de 0,2. Segundo ele,
o UHPC melhorou: a homogeneidade do concreto, ao reduzir o
fator água/cimento e aumentar o consumo de cimento; a den-
Feibracon recebe visita de profissionais do setor construtivo
Estande da Itaipu Binacional na Feibracon com seus funcionários
participando do 60º CBC
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